Os
gregos há mais de 2500 anos nos deram alguns dos exemplos mais pródigos da
convivência em sociedade. A civilização helênica floresceu e por milhares de
anos vem influenciando as sociedades ocidental.
Além
da filosofia e das ciências, os gregos criaram as bases do que hoje chamamos de
estado democrático, sociedade e civilização.
Palavras
como democracia, política e idiota vêm do grego podendo ser interpretadas ainda
hoje da mesma forma que eram na época de ouro da Ágora Ateniense.
Democracia
vem de demos – povo e kratos – poder. Poder do povo ou governo
do povo. Como Churchill afirmou ‘a democracia é a pior forma de governo
imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas’.
O regime
democrático com todos os seus defeitos de representação - pois é impossível e
inimaginável a implantação na sociedade moderna de um regime de decisão direta - ainda é a melhor forma de representação da vontade do povo.
As
experiências de consulta ou democracia direta, postas em prática por governos
populistas ou de esquerda mostraram-se ineficazes ou viciados. Por quê? Porque
as decisões em assembleias privilegiam aqueles que podem mobilizar-se e dispõem
de tempo para participar do ‘assembleismo’.
Como o povo, propriamente dito,
precisa trabalhar, cuidar dos filhos e viver, estas assembleias acabam dominadas
por pelegos dos sindicatos, vagabundos, servidores públicos e militantes. O que
acaba sempre desvirtuando os encaminhamentos ao encontro das pautas destes “pseudo-democratas” de esquerda.
É
claro que pela democracia ser viável apenas na forma representativa temos que enfrentar
algumas armadilhas.
A primeira delas é o fato de a democracia representar a
média das opiniões do grupo representado, ou seja, a democracia sempre será
medíocre, no sentido de estar dentro da média. Então esperar deste regime,
quando em funcionamento pleno, iluminação, elevação de espirito e superioridade
decisória é algo complexo pois democracia pressupõe o pensamento médio dos
representados.
Neste fator a educação é fundamental pois quando mais educado um
povo melhor será sua média democrática. Há
limites nesta assertiva, o que pode ser constatado em um breve passeio pelos loci onde habita a fina flor da
intelectualidade brasileira, a Universidade Pública.
Ali a ignorância, a
cegueira militante e a intransigência crescem de forma diretamente proporcional
aos anos de estudo do individuo. Observação esta que nos faz temer pelo futuro
do país já que do local onde deveria sair luz saem apenas trevas e ignorância
marxista.
Também
cabe destacar que a democracia representa sempre, ou deveria representar, a vontade
da maioria. E esta vontade nem sempre representa as vontades das minorias, por
isso todo sistema democrático deve ter uma ferramenta de freios e contra-pesos
que limite o poder da maioria impedindo-a de prejudicar as ditas minorias. Estes
contra-pesos e freios são a Constituição.
No
caso brasileiro os anos de Lulo-petismo usaram de falhas da Constituição de
1988 para subverterem estes freios e contra-pesos tornando o Brasil um país
onde prevalecem as vontades das minorias. Minorias de esquerda que fique bem
claro.
O terceiro fato sobre a democracia é o fato de
ser ‘representativa’, ou seja, nós o povo, elegemos pessoas que nos
representarão e representarão nossas vontades no governo e nos órgãos públicos. Ai mora o
problema, nosso maior problema, a qualidade de nossos representantes.
O
que nos leva ao outro termo POLÍTICA e POLÍTICOS. Para os gregos política vem
do termo
politeía, que indicava todos os procedimentos relativos à pólis, ou cidade-Estado.
Por extensão, poderia
significar tanto cidade-Estado quanto sociedade, comunidade, coletividade e
outras definições referentes à vida urbana. Ou seja, política é arte de
viver, de conduzir os assuntos na Pólis (cidade, estado ou sociedade), em
resumo política é a arte de governar.
Político então é o cidadão que investido do Poder do Povo
(democracia) deve proceder o governo ou condução dos assuntos da Pólis (sociedade).
Político é o cidadão investido na função pública (funcionário público) que deve
agir em prol do bem da Pólis e dos Demos (povo)
que a priori são de quem emana seu
poder.
Ai vem o segundo problema, os políticos em geral tendem a agir
mais em prol de si mesmos do que em prol do povo. Ainda mais quando surge um
balcão de negócios como o que o PT criou em suas gestões.
A novidade neste caso foi a institucionalização da corrupção
e da defesa dos interesses individuais, a inserção de um fator novo, o chamado
projeto bolivariano de poder. E, principalmente a total submissão aos próceres
da República Lulo-petista, que resultou numa realidade paralela e na total
negação dos atos criminosos do dirigente máximo do partido e da ORCRIM, o Nove-dedos.
Então nossos políticos resolveram aproveitar a ‘onda’, receber
sua parte, locupletar-se e ignorar o ‘golpe’ petista então em curso. Mas nossos
políticos só fizeram isto porque nos consideram...
Idiotas! Isso mesmo idiotas.
Idiota vem do grego idiótes, que significa homem privado em
oposição ao homem público (político). Idiota para os gregos era o homem que
devido aos seus afazeres privados não tinha tempo para a vida pública e para a
política.
Com o tempo passou a designar aqueles que não eram ou não
estavam aptos ao serviço público. E por não poderem ser servidores públicos
eram chamados de... idiotas, parece-nos um pouco de Brasil.
Nosso Brasil onde
os servidores públicos ainda são reis e marajás e podem dedicar-se aos deleites
de greves e protestos contra o governo, sem preocuparem-se com a chance de
perder o emprego, sem se preocuparem com cortes de salários e principalmente
sem terem de se preocupar em prestar o ‘Serviço ao Público’.
Ai fica fácil ser engajado, fazer greve e fechar ruas na
quarta-feira tornando a vida do idiota (aquele que não é servidor público) um
inferno maior ainda.
Os idiotas pagam impostos, elegem os políticos, dedicam-se
a vida privada sustentando com seu trabalho e suor os ‘digníssimos’ servidores
públicos que lhes recompensam com uma régia banana.
É neste ponto que deixamos de ser idiotas (no sentido de
cidadão dedicado a vida pública) para sermos idiotas no mais moderno sentido da
palavra, ou seja estúpidos.
Só que há um detalhes, as ruas. As ruas da Pólis (sociedade),
onde vivem os demos (povo) e de onde emana o kratos (poder) do qual usurpam e
vilipendiam os não-idiotas, políticos e servidores públicos.
E, nós os idiotas (cidadãos privados) que pagamos as contas
vamos tomar as ruas da Pólis, de novo, e expulsar no grito e na porrada estes
sem-vergonhas que nos creem idiotas, no sentido de estúpidos. Mostraremos a
eles quem são os estúpidos.
No grito, na força e na porrada!