terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Samba do Crioulo doido



Este país está uma zona, no mau sentido é claro. Aliás, sempre foi!
Só que a gatunagem, a cara-de-pau, a ladroagem aliadas as pragas dos ‘ecochatos’, do ‘politicamente correto’ e ao discurso esquerdopata, do reacionarismo da elite petista alijada do poder, tornaram a coisa insustentável.
Os 13 anos de PT afundaram ainda mais o lamaçal. Deixamos de ser a típica casa da Mãe Joana para virarmos uma barafunda sem sentido. 
Na Zona, em que pesem diversas questões e senões há sempre um fundo de festa, de busca de afeto, amor e gozo. No pardieiro que virou o Brasil a festa foi embora e ficou o ranço bolivariano, a sagacidade dos oportunistas e  a sem-vergonhice explícita.
Nós, os brasileiros, somos tratados como marafonas por estes políticos filhos da pu... Não importa a ‘cor’ partidária, a ideologia ou falta dela, o que impera é a desfaçatez. 
São todos eles farinha do mesmo saco, ladrões da mesma quadrilha. O que importa é o Poder e o gozo fugaz que dele advém. Ao povo uma banana naquele lugar.
Ninguém entende mais nada. Uma hora pode na outra não. Uma hora eu faço tal coisa, na outra não pode. Nomear para o STF o ex-advogado do PT pode, nomear um ministro do PSDB é sem-vergonhice. O Lula não pode ser Ministro e o Moreira Franco pode? Não é o mesmo caso? É sim, o Foro privilegiado e nada mais.
Dilma cometeu crime de responsabilidade, sim? Não? Foi impichada, mas não perdeu os direitos políticos. Renan é réu e presidiu o Senado? Mas não pode. Mas pode! Lula está solto, manipulando, mentindo, atrapalhando e pode? Sim, não?
Bandido é vítima do sociedade, ladrão é deputado. Nada é de ninguém, o apartamento não é dele, o sítio não dele. O outro não fez pressão no IPHAN, mas não fez? E todos são criaturas angelicais, poços de honradez e boas intenções.
As vezes o Brasil parece aquele baile na Zona, que na hora em que o bacanal corria solto faltou luz. Ai meu velho foi o legítimo pega para capar, ninguém é de ninguém. Já tem doido achando que prato de macarrão é suruba de minhoca.
Criticamos as loucuras do Trump, logo nós que fomos/somos governados pelo Collor, Lula, Dilma e Temer. Tenham dó. Parecemos sujos rindo dos mal lavados. 
A nossa revolução bolivariana têm o Maduro falando com pajaritos, a Cristina Kirchner dançando tango no hospício e levou 10 anos para convencer o Fidel que ele tinha morrido. E têm gente que acha, sinceramente, que o Lula é honesto.
A coisa no Brasil e na América Latina está tão ‘sem pé nem cabeça’ que parece um discurso da Dilma. É de enlouquecer qualquer um por mais centrado que seja.
O bacanal em Brasília chegou a um nível que o cidadão comum não tem mais coragem de desencostar a bunda da parede. E as cafetinas de sempre resolveram trocar tapas e impropérios em público enquanto tomam chá das 5 com biscoito nos bastidores.
Não dá mais para apostar em nada racional neste Brasil. Não há lógica, se é que houve um dia. O país virou, definitivamente, UM SAMBA DO CRIOULO DOIDO.
AHHHHH!!!! Gritos histéricos. Racista! Homofóbico! Politicamente incorreto. Não respeita a cultura alheia, dirão os de sempre.
O que querem que eu diga que virou uma nação que parece uma ‘manifestação musical de afrodescentes portadores de discapacidade mental grave’. Vão à merda... É Samba do Crioulo doido mesmo, um puteiro sem cafetina.
Para quem não sabe o ‘Samba do Crioulo Doido” é um samba genial de autoria de Stanislaw Ponte Preta, pseudônimo de Sérgio Porto. Genial compositor, escritor, radialista e jornalista carioca. Ponte Preta escreveu nos 1950 e 1960 obras geniais como o FEBEAPÁ (Festival de Besteiras que Assola o País) que se vocês lerem hoje lhes parecerá um resumo do jornal do dia, atualíssimo.
Entre suas obras compôs o Samba do Crioulo Doido, que criticava a Prefeitura do Rio que definiu como tema único do Carnaval ‘a atual conjuntura do país’. Segundo Stanislaw, o coitado do crioulo sambista não entendeu a conjuntura do Brasil da época e endoidou.
Imaginem se nós tentarmos entender 'a nossa atual conjuntura'? Ou endoidamos de vez ou então a indignação será tão grande que não sobrará pedra sobre pedra no nosso Brasil.
A atual conjuntura brasileira é endoidar crioulo, branco, japonês e gringo de qualquer laia. Não tem camisa-de-força que resolva. A situação é tão confusa que parece uma aula da Marilena Chauí explicando (i)lógica para Dilma.
É um tipo de piada pronta de manicômio, que seria hilária se não fosse verdade e, infelizmente a nossa verdade. No futuro os historiadores vão dizer que só podia ser uma lenda, algo inventado. Ninguém em sã consciência poderá crer que esta zona ocorreu de verdade.
 Até lá nos cabe a indignação e o riso da situação, já que rir ainda não paga imposto.
E o Bode que vai dar... vou te contar....!


Para quem não conhece aqui vai o Samba do Crioulo Doido, de autoria do genial e atual Stanislaw Ponte Preta. E a música interpretada pelo fantástico Quarteto em cy.

“Foi em Diamantina
Onde nasceu JK
Que a Princesa Leopoldina
Arresolveu se casá
Mas Chica da Silva
Tinha outros pretendentes
E obrigou a princesa
A se casar com Tiradentes

Lá iá lá iá lá ia
O bode que deu vou te contar
Lá iá lá iá lá iá
O bode que deu vou te contar

Joaquim José
Que também é
Da Silva Xavier
Queria ser dono do mundo
E se elegeu Pedro II
Das estradas de Minas
Seguiu pra São Paulo
E falou com Anchieta
O vigário dos índios
Aliou-se a Dom Pedro
E acabou com a falseta

Da união deles dois
Ficou resolvida a questão
E foi proclamada a escravidão
E foi proclamada a escravidão
Assim se conta essa história
Que é dos dois a maior glória
Da. Leopoldina virou trem
E D. Pedro é uma estação também

O, ô , ô, ô, ô, ô

O trem tá atrasado ou já passou”.

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