terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Confissões do reinado de Momo e...um protesto




Confissões
Confesso que não sou um “carnavalesco’ no sentido amplo da palavra. Como já contei meu pé direito é canhoto o que dificulta sambar. Tenho a cintura quadrada e a ginga do robocop. Ou seja, atributos é o que mais faltam à este folião.
Mas esta invasão dos chatos do politicamente correto querendo pautar o carnaval e transformá-lo no espetáculo triste e enfadonho que estas malas idolatram me fez voltar à Folia de Momo. Estas malas com sua chatice de galochas tiveram a ousadia de querer censurar marchinhas de carnaval antigas. Haja saco!
É tanta bobagem que daria para escrever outro Samba do Crioulo Doido com as paranoias politicamente corretas.
Então confesso que resolvi fazer a folia no reinado de Momo só para contrariar estas malas. Fiz ‘a festa’, o mais politicamente incorreto possível.
É confesso que sou birrento, mas esta gentalha tira qualquer um do sério.
Viajamos para casa de minha sogra e juntamos a família toda. Os homens (eu e meus cunhados) fizemos um ‘bloco’ a parte enquanto a família toda, especialmente as crianças, curtiam a piscina, a rua e o clube.
Enchi a cara, bebi como um condenado, cerveja, caipirinha e vinho, afinal se eu trabalho todos os dias meu figado não pode ter folga. Não dirigi, não sou assassino, minha patroa e a mãe dela dirigiram.
 Mas nós bebemos, fumamos charutos, dançamos, bebemos de novo. Comemos muito churrasco, carne de rês, ovelha, porco e galinha. Carne suficiente para não poder ser considerado vegetariano nunca mais. Exagero? E daí.
Pagamos com o dinheiro suado, fruto de nosso trabalho.
Cantamos todas as marchinhas censuradas e outras mais, ensinamos as marchinhas para as crianças. 
Contamos piadas de veado, de sapatão, de velha, de puta, de português, de japonês e de negrão (estas contadas teatralmente por meu cunhado que é, pasmem, negro).
Tudo dentro de um ambiente familiar, alegre e divertido como deve ser a convivência em família. Um ambiente SAUDÁVEL, sem os conflitos e pudores do politicamente correto.
Bebemos de novo. Cantamos de novo. Futebol no barro, balão de couro e o couro do tambor bem esticado para desespero dos veganos.
Saímos em bloco vestidos de mulher ou quase. Afinal uma bailarina careca, gorda, barbuda, de tutu rosa, com quase dois metros de altura e peluda como um urso não é algo muito feminino. Mas valeu a diversão afinal sou pelotense e os pelotenses não são gaúchos são gay-uchos ,então acho que damos prá coisa.
E para encerrar comemos, após a folia, muita carne mijada, crua como manda o figurino. Afinal de pois de ferver com a patroa o clima aquece e então...
Este mergulho momástico me fez recordar os carnavais da juventude. Onde eu e meus amigos mergulhávamos na nobre arte de brincar de canibal...de humanos do sexo feminino, ressalto. 
Ou seja, o carnaval era nosso playground onde íamos felizes ‘comer gente’. Sempre gente nascida e crescida no sexo feminino. Nada contra, mas nenhum de nós é de viadagens.
Bom e a turma do politicamente correto onde está? Em casa enchendo o saco dos parentes. Nas ruas torrando todo mundo. Nos blocos ‘politicamente corretos’ sambando fininho com passo de quem não quer peidar. Problema deles!
Nós devemos nos divertir, a vida já é muito amarga e dura cotidianamente, chega de chatice.
É chegada a hora de peitarmos estes chatos e mandá-los tomar no cú ao invés de ficarem inventando moda. Vamos chutar a bunda do politicamente correto.
Exagero? Pode ser mas é o que farei a partir de agora. 
Exagero nas minhas confissões? Sei lá. Carnaval é folia e fantasia. O que importa é se divertir e ser politicamente incorreto, como o próprio Carnaval.
Ei! E você ai? Ei! O que tem para confessar?

Um protesto.
Ao voltar à terrinha descubro nos jornais que servidores do Instituto Federal Sul-rio-grandense fizeram um bloco de Carnaval e usaram o espaço para protestar contra o golpe. Até ai tudo bem, o país é livre.
Mas pelas entrevistas e reportagens trata-se de um projeto de extensão financiado com dinheiro público. Ai não! Ai é crime!
Usar dinheiro público para financiar projetos de carnaval em uma Instituição pública que não tem cursos na área cultural (têm cursos técnicos, tecnológicos e engenharias) já é uma aberração. Mas podem até tentar explicar por vias tortuosas, como investimento em cultura, mas haja cara-de-pau.
Agora se usaram dinheiro público para faixas e camisetas- e as reportagens dão isto a entender- ai o buraco é mais embaixo. 
E, mesmo usar o nome de uma Instituição Pública para acusar o Governo Legítimo de Golpista é escarrar no Estado de Direito.
Cabe aos Gestores do IFSul virem a público esclarecer isto, sob pena de enlamear mais o nome de uma Instituição, outrora exemplar.
 E cabe ao MPF e ao MEC apurarem a fundo se houve ou não aporte de dinheiro público e se houve desvios de conduta ao usar a Instituição Pública que é de todos os brasileiros (favoráveis ou não ao impixamento daquela senhora) para manifestações político-partidárias.
Vindo de quem vem, ou seja, da turma vermelho-estrelada, nada duvido. Eles não aprendem!

Por favor que se apure e esclareça. Já! Na quarta-feira de cinzas! 
Mãos a obra MPF e MEC.

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