Em
15 de novembro de 1889 o Brasil deixa para trás um de seus períodos mais
democráticos, o Segundo reinado, período monárquico constitucional, era de ouro
da civilização banânica. Longe do que pensa a maioria dos brasileiros a proclamação da República brasileira representou uma involução severa em termos
de civilização e de democracia em nosso país. O período monárquico do segundo reinado
foi tão ou mais democrático que qualquer congênere republicano. Não sou
monarquista, muito menos acho que o regresso da monarquia vá ser solução para
os nossos problemas. Antes disso, acho que um retorno à Monarquia, nesta altura
do campeonato, só nos traria problemas e conflitos.
Mas temos de convir que o período
republicano brasileiro não é dos mais democráticos. Em 127 anos de Res publica tivemos trinta e sete
presidentes (contando os períodos de interinidade e vices que assumiram a
presidência) destes catorze foram eleitos de forma indireta (também
considerando interinos), oito vices que assumiram (pelos mais diferentes
motivos) a presidência, oito militares e ou ex-militares presidentes, 29
presidentes civis e seis cidadãos reeleitos ou que assumiram o mandato em pelo
menos duas ocasiões diferentes. Foram dois presidentes que morreram sem ter
assumido o cargo, Tancredo Neves e Rodrigues Alves (no segundo mandato), um
presidente eleito que não assumiu por conta de um golpe ou revolução (Júlio
Prestes), um suicídio, três renúncias, dois impichamentos de presidentes. Pelo
menos um Presidente foi eleito e teve o resultado das eleições alterado pela
Comissão de Verificação da Legalidade (Comissão do Senado que fazia as vezes de
Tribunal Eleitoral, de exceção diga-se de passagem), onde foi alterado o
resultado final e tivemos confirmada uma vitória de Hermes da Fonseca (vitória que não
ocorreu) sobre Rui Barbosa.
Foram diversas revoluções, golpes e
contragolpes, ações militares, mortes, execuções sumárias, desterros, cassação
de direitos políticos e estados de sítio. Os períodos de exceção ocuparam mais
que um terço de nosso jovem período republicano. Os militares, ao contrário do
que prega a propaganda revisionista oficial da esquerda, não estiveram tanto
tempo no poder, embora tenha feito um bom estrago na última vez que por ali
passaram.
Em minha opinião tivemos diversos microperíodos ditatoriais que se encerraram dentro dos próprios mandatos dos
dignatários (o período de Floriano Peixoto por exemplo), na maioria das vezes violentos e incompetentes. E três períodos
ditatoriais amplos, dois explícitos e um disfarçado de ‘Regime Popular e democrático’.
As Ditaduras do Estado Novo e a Ditadura Militar, advinda do contragolpe de 1964, são as explícitas e trazem uma aura de atraso e constrangimento sobre os período
em que vigoraram. Já a ‘Ditadura Democrática Bolivariana’ tentou disfarçar-se
sob a aura de democracia e o discurso socialista popular. O período ditatorial
Lulopetista deixa-nos, além do destroçamento e quebradeira do país, a instalação
dos conflitos ‘nós contra eles’ (que destroem a identidade da Nação), a submissão aos Tiranetes e Republiquetas Bolivarianas e a tentativa de manter o
poder e implantar a ‘Revolução’ a qualquer preço, traz como sua marca, a vergonha
da corrupção endêmica e generalizada como forma de governo. A Era Lulopetista
coloca o Brasil, em nossa opinião, como o melhor exemplo de um Regime Cleptocrático,
uma Cleptocracia intolerante, sectária e totalitária.
Claro que tivemos boas coisas neste
período republicano. Evoluímos do voto censitário, a cabresto e misógino para o voto livre
e para todos. Falta-nos entender que já temos maturidade para implantar
(Urgentemente, Caros Representantes do povo brasileiro!) o voto facultativo em
nossos pagos. Tentamos de forma equivocada, duas vezes, evoluir para o
Parlamentarismo, não emplacou pelo somatório de erros e momentos históricos,
mas ainda cremos que a sociedade brasileira evolui a passos largos em direção a
este Regime que pode potencializar nossa Nação. Quiçá tenhamos sorte e
competência para implantarmos em breve o Regime Parlamentarista em nosso país.
Em termos de Presidentes, na sua maioria foram Caudilhos, Salvadores da Pátria, Tiranetes e ‘Pavões’, mais
preocupados consigo e com os seus, com interesses espúrios, com seu enriquecimento e
com a manutenção do poder a qualquer custo. Mas tivemos boas iniciativas e bons
governantes apesar dos pesares.
Destacam-se neste universo a
prudência de Prudente de Morais, o regime sanitarista e disciplinado de
Rodrigues Alves, as conquistas trabalhistas do Estado Novo de Getúlio Vargas (o
primeiro, verdadeiro e único Pai dos Pobres), o desenvolvimentismo de Juscelino
e a estabilidade econômica promovida pelo Real, nos mandatos de Itamar Franco e,
principalmente, de Fernando Henrique Cardoso.
Luis Inácio Lula da Silva, em que
pese a maré de sorte histórica que acompanhou seu Governo, tentou perpetuar-se
no Poder e trouxe atrelado a si o ranço e retrocesso do Marxismo Bolivariano
e todo o atraso e incompetência das ideias atreladas a estes pensamentos.
Tentou
solapar o título de Pai dos Pobres, ficou com o título de Rei dos Corruptos e
Ladrões, ao instalar a República Cleptocrática do Brasil. Seu provável lugar na
história será do primeiro ex-Presidente brasileiro preso (por motivos não
políticos) e talvez não esteja sozinho, poderá se fazer acompanhar de seus dois
colegas ex-presidentes impichados.
Por isso tudo e muito, mas muito
mais, somos ainda uma República Bananeira. Estamos evoluindo, o povo
brasileiro está tomando as rédeas de seu futuro, de seu país, do seu Brasil.
Quiçá ainda possamos viver em uma verdadeira Res publica, justa, livre e repleta de oportunidades para seus
cidadãos. Mais que um lugar para viver ou do lugar em nascemos, que o futuro
transforme nossa jovem República na PÁTRIA de todos os brasileiros, fazendo
valer o verso de nosso Hino Cívico da Proclamação da República....
[...]O Brasil já surgiu libertado,
Sobre as púrpuras régias de pé.
Eia, pois, brasileiros avante!
Verdes louros colhamos louçãos!
Seja o nosso País triunfante,
Livre terra de livres irmãos! [...]
Parabéns Cidadãos
brasileiros, levantemos nossas cabeças e sigamos adiante. Que o 128º Ano da
República, hora nascente, traga-nos a transição de nosso país para uma
verdadeira Nação. Que seja o ano em veremos o Sr. Luis Inácio Lula da Silva e
seus asseclas no lugar que merecem, a cadeia da República de Curitiba.
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