segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Hey! Teachers! Leave them kids alone! (Ei! Professores! Deixem essas crianças em paz!)



         Vinha para casa, entristecido com o que vem ocorrendo nestas infindáveis greves das Universidades Públicas, pensando e repensando minha função de professor, de educador, que tento exercer a quase 25 anos com zelo e dedicação. 
              Procuro ser o mais isento possível e luto sim, por um mundo e um Brasil melhor. Um país forte e justo, conforme acredito, em que o sucesso e a fortuna (no sentido latino da palavra, na sua representação da divindade, a deusa Fortuna) venham unicamente pelo trabalho e pelo mérito. É isto que tento passar a meus alunos e a meus filhos, através de meus atos, de meu trabalho e de meu exemplo.
            Por isso estas greves políticas e sem fundamento, a subserviência de meus colegas, as manipulações do sindicato e o oportunismo dos gestores da Universidade (preocupados somente com suas Funções Gratificadas e com a manutenção de seu pífio poder), me incomodam tanto. Me incomodam a ponto de ficar doente, de deprimir-me, de quase perder as forças para lutar.  Mas sou resiliente ou teimoso como queiram, por isso luto, nem que seja sozinho contra todo este aparato institucionalizado, pelo que acho justo. E esta greve, como todas as demais greves do serviço público, em especial das Universidades Públicas, não é justa. Não é nem mesmo legal. É corporativista, é política, é suja e oportunista.
            Em que neguem os gritos histéricos de meus colegas, o esquerdismo aparelhou nossas Universidades e nossas escolas. E o PT aparelhou as gestões das Universidades Públicas, transformando as casas sagradas do conhecimento em meras caixas de ressonância, ecoando os mantras de seu diabólico projeto de poder.
            Nossas escolas estão sim aparelhadas, são sim instrumentos de formação ideológica a ferro e fórceps, meros espaços de doutrinação ideológica de esquerda. E nós professores somos tratados como meros esbirros do partido, alguns por opção ideológica, outros por estarem cansados e sem forças de lutar contra a máquina perversa da dominação marxista. Somos apenas mais um instrumento de reprodução da ideologia de esquerda.
            Nossas escolas, sob a ‘Teologia’ pedagógica de Paulo Freire deixaram a muito de ensinar (basta ver os pífios resultados dos testes de avaliação escolar) para tornarem-se espaços de doutrinação ideológica. Nós, os professores, não passamos nesta Escola Freiriana, de meros reprodutores de conteúdos vazios de fundamento, mas cheios de conteúdo ideológico marxista. 
          A grande maioria dos professores viraram meros repetidores de ideias atrasadas e ultrapassadas em pelo menos um século, de passagens de livros que não leram e se leram não compreenderam, de conceitos políticos que não compreendem, mas que serviram para doutriná-los e, como um mantra, servirão par doutrinar seus alunos. 
       É ato inconsciente, mas a maioria dos professores repete estes mantras de forma automática, agem como Professores ‘Papagaios de Manicômio’, vociferando besteiras sem lógica como se fossem verdades incontestáveis.
            E, foi nesta reflexão triste e profunda que o rádio de meu carro começou a tocar a música Another Brick In The Wall (Outro tijolo na parede) da banda Pink Floyd. Não poderia haver música mais apropriada ao meus estado de espirito. Claro que foi escrita em outra época, em outro contexto, provavelmente questionando ideias contrárias as que defendo e propondo ideologias idênticas as que me incomodam. Mas os tempos eram outros (os anos 1970), passaram-se 40 anos e esta música, principalmente em seu refrão, mostra o que penso, hoje, sobre minha profissão e sobre os meus colegas.

[...]We don't need no education
We dont need no thought control
No dark sarcasm in the classroom
Teachers leave them kids alone
Hey! Teachers! Leave them kids alone!
All in all it's just another brick in the wall
All in all you're just another brick in the wall[...]
(Letra da Música Another brick in the wall – Pink Floyd, 1979).
[...]Não precisamos de nenhuma educação
Não precisamos de controle mental
Chega de humor negro na sala de aula
Professores, deixem as crianças em paz
Ei! Professores! Deixem essas crianças em paz!
No fim das contas, era apenas outro tijolo no muro
Todos são somente tijolos na parede[...]
            Friamente, palavras de um professor: Não, não precisamos desta educação que está ai. Não, não precisamos de doutrinação ideológica em sala de aula, não precisamos de controle mental. Não, nossas crianças não serão mais um tijolo na parede.
            Sabem por quê? Porque o Brasil acordou. Porque retomamos as ruas, porque mesmo cansados e desiludidos somos resilientes. Porque temos o 'escola sem partido'. Porque temos persistência, temos paciência e vamos resistir a todo o aparato dos aparelhos de esquerda. O futuro é de nossas crianças, o futuro é nosso, vamos resistir. Vamos vencer, vamos mudar o Brasil.
             E a vocês caros colegas, fica o recado, na voz do Pink Floyd,
Hey! Teachers! Leave them kids alone!
(Ei! Professores! Deixem essas crianças em paz!)
Chega de doutrinação, chega de politicagem em nossas Escolas!

Deixem Nossas crianças em PAZ!



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