Vinha para casa, entristecido com o
que vem ocorrendo nestas infindáveis greves das Universidades Públicas,
pensando e repensando minha função de professor, de educador, que tento
exercer a quase 25 anos com zelo e dedicação.
Procuro ser o mais isento
possível e luto sim, por um mundo e um Brasil melhor. Um país forte e
justo, conforme acredito, em que o sucesso e a fortuna (no sentido latino da
palavra, na sua representação da divindade, a deusa Fortuna) venham unicamente
pelo trabalho e pelo mérito. É isto que tento passar a meus alunos e a meus
filhos, através de meus atos, de meu trabalho e de meu exemplo.
Por
isso estas greves políticas e sem fundamento, a subserviência de meus colegas,
as manipulações do sindicato e o oportunismo dos gestores da Universidade
(preocupados somente com suas Funções Gratificadas e com a manutenção de seu
pífio poder), me incomodam tanto. Me incomodam a ponto de ficar doente, de
deprimir-me, de quase perder as forças para lutar. Mas sou resiliente ou teimoso como
queiram, por isso luto, nem que seja sozinho contra todo este aparato institucionalizado, pelo que acho justo. E esta greve, como todas as demais
greves do serviço público, em especial das Universidades Públicas, não é justa.
Não é nem mesmo legal. É corporativista, é política, é suja e oportunista.
Em
que neguem os gritos histéricos de meus colegas, o esquerdismo aparelhou nossas
Universidades e nossas escolas. E o PT aparelhou as gestões das Universidades
Públicas, transformando as casas sagradas do conhecimento em meras caixas de
ressonância, ecoando os mantras de seu diabólico projeto de poder.
Nossas
escolas estão sim aparelhadas, são sim instrumentos de formação ideológica a ferro e fórceps, meros espaços de
doutrinação ideológica de esquerda. E nós professores somos tratados como meros
esbirros do partido, alguns por opção ideológica, outros por estarem cansados e sem
forças de lutar contra a máquina perversa da dominação marxista. Somos apenas mais um instrumento de reprodução da ideologia de esquerda.
Nossas
escolas, sob a ‘Teologia’ pedagógica de Paulo Freire deixaram a muito de
ensinar (basta ver os pífios resultados dos testes de avaliação escolar) para
tornarem-se espaços de doutrinação ideológica. Nós, os professores, não
passamos nesta Escola Freiriana, de meros reprodutores de conteúdos vazios de
fundamento, mas cheios de conteúdo ideológico marxista.
A grande maioria dos
professores viraram meros repetidores de ideias atrasadas e ultrapassadas em pelo menos um
século, de passagens de livros que não leram e se leram não compreenderam, de conceitos
políticos que não compreendem, mas que serviram para doutriná-los e, como um
mantra, servirão par doutrinar seus alunos.
É ato inconsciente, mas a maioria dos
professores repete estes mantras de forma automática, agem como Professores ‘Papagaios
de Manicômio’, vociferando besteiras sem lógica como se fossem verdades
incontestáveis.
E,
foi nesta reflexão triste e profunda que o rádio de meu carro começou a tocar a
música Another Brick In The Wall (Outro tijolo na parede) da banda Pink Floyd. Não poderia haver música
mais apropriada ao meus estado de espirito. Claro que foi escrita em outra
época, em outro contexto, provavelmente questionando ideias contrárias as que
defendo e propondo ideologias idênticas as que me incomodam. Mas os tempos eram
outros (os anos 1970), passaram-se 40 anos e esta música, principalmente em seu
refrão, mostra o que penso, hoje, sobre minha profissão e sobre os meus
colegas.
[...]We don't need no education
We dont need no thought control
No dark sarcasm in the classroom
Teachers leave them kids alone
Hey! Teachers! Leave them kids alone!
All in all it's just another brick in
the wall
All in all you're just another brick
in the wall[...]
(Letra da Música Another brick in the
wall – Pink Floyd, 1979).
[...]Não precisamos de nenhuma
educação
Não precisamos de controle mental
Chega de humor negro na sala de aula
Professores, deixem as crianças em
paz
Ei! Professores! Deixem essas
crianças em paz!
No fim das contas, era apenas outro
tijolo no muro
Todos são somente tijolos na parede[...]
Friamente,
palavras de um professor: Não, não precisamos desta educação que está ai. Não,
não precisamos de doutrinação ideológica em sala de aula, não precisamos de
controle mental. Não, nossas crianças não serão mais um tijolo na parede.
Sabem
por quê? Porque o Brasil acordou. Porque retomamos as ruas, porque mesmo cansados
e desiludidos somos resilientes. Porque temos o 'escola sem partido'. Porque temos persistência, temos paciência e
vamos resistir a todo o aparato dos aparelhos de esquerda. O futuro é de nossas
crianças, o futuro é nosso, vamos resistir. Vamos vencer, vamos mudar o Brasil.
E a vocês caros colegas, fica o recado, na voz
do Pink Floyd,
Hey! Teachers! Leave them kids alone!
(Ei! Professores! Deixem essas
crianças em paz!)
Chega de doutrinação, chega de
politicagem em nossas Escolas!
Deixem Nossas crianças em PAZ!
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