Pronto!
Cheguei em casa após uma viagem com a família e agora vou comentar a tal da
greve geral.
Não!
Eu não fiz feriadão, embora seja servidor público trabalhei na sexta-feira,
mais por birra que qualquer outra coisa. Já comento.
Mas
parece-me que a pelegada brasileira fez uma greve da greve.
O problema é que
criaram caso, complicaram as coisas e quem se ferrou? O trabalhador. O mesmo
trabalhador que eles (as esquerdas, movimentos sociais e sindicatos) vêm
ferrando e roubando nos últimos 13 anos. O mesmo trabalhador que eles juram
proteger e defender os interesses, quando na realidade só defendem os interesses
deles mesmos.
É
contra os interesses destes trabalhadores, do povo, dos pobres, dos
desempregados que a corja que infesta nossos sindicatos e movimentos sociais
vem atuando, ao promover protestos e tentar boicotar as necessárias reformas
da previdência e trabalhista.
Temos
14 milhões de desempregados e uma legislação de 1930, que não mais representa o
mercado de trabalho atual.
Tudo tem de ser atualizado! Inclusive as leis, sob
pena de sermos regulados (como somos hoje) por uma lei da era pré-informática,
pré-telefonia móvel e quase pré-histórica.
Mas
porque os sindicatos defendem esta legislação ultrapassada? Por interesses
próprios, porque a elite sindical é composta por uma casta de ricos (quiçá
milionários) ‘representantes’ dos trabalhadores. Todos vagabundos muito
experientes que não trabalham fazem anos, apenas mamam nas tetas públicas e dos
sindicatos.
Um
olhar mais acurado nos permite enxergar dinastias familiares controlando,
extorquindo, explorando e roubando nos sindicatos e congêneres. Claro que vão
espernear para largar o osso.
E a reforma trabalhista vai fazer justamente
isto, com que percam o osso. Vai permitir que os trabalhadores acordem condições melhores para si sem
necessitar destes parasitas. Vai gerar empregos, vai acabar com a mamata da
contribuição sindical. Para receber o suado dinheiro de nossos trabalhadores os
sindicatos e sindicalistas vão ter fazer por merecer.
Proponho
uma coisa, trabalhadores do Brasil, após aprovada a reforma trabalhista, quando
não precisarmos mais pagar a famigerada ‘contribuição sindical’, se você ainda dispuser
deste dinheiro e quiser dar-lhe um destino, não pague para um sindicato.
Procure
uma entidade assistencial idônea e doe um dia de seu trabalho para a caridade.
Garanto que lhe fará um bem enorme. E será uma boa ação para a sociedade e para
os necessitados.
Mais ainda, você estará fazendo com que um sindicalista trabalhe.
Se
a greve do dia 28 de abril foi o máximo de força que nossas esquerdas podem demonstrar
creio que o Governo Federal deveria rever as concessões feitas no projeto de
Reforma da Previdência e voltar ao projeto original.
Esta
reforma é essencial, fazê-la pela metade significa termos de discutir uma nova
reforma daqui a 10 ou 15 anos. Temos de ser muito idiotas para não saber fazer
simples contas de matemática. O dinheiro não é suficiente, ou fazemos a reforma
e nos aposentamos mais tarde ou simplesmente não nos aposentaremos.
É isto!
Simples e direto.
Quem está aqui defendendo a reforma da previdência é um funcionário público às
portas da aposentadoria. Alguém que vai trabalhar mais alguns anos se aprovada
a reforma.
Sei disso, mas defendo a reforma pois quero aposentar-me com
segurança de que receberei meus proventos quando mais precisar deles. Por isso
torço para que, oxalá, eu tenha de trabalhar mais alguns anos em função da
aprovação da reforma trabalhista.
Mas
falando de tudo um pouco o plano da pelegada dos sindicatos parecia ser genial
propor uma greve geral as vésperas de um feriadão. Todo mundo pára, paralisamos
o país, pressionamos a corja do Congresso, etc e tal.
Só
faltou, como disse Garrincha, combinar com os russos (ver observação no rodapé do texto). Os servidores públicos,
meus pares, aqueles que não perdem oportunidade para participar de uma
paralisação, greve ou qualquer assemelhado, acharam maravilhoso.
E
aproveitaram para fazer uma greve da greve. Foram viajar e azar da greve, do
sindicato e da mortadela.
Eles
os servidores públicos não estão nem ai para nada ou ninguém que não sejam seus
interesses. Por isso o berram tanto contra as reformas.
Elas atingem em cheio as mordomias dos servidores
públicos. Algo ainda mais indignante (as ditas mordomias) se sopesarmos os
péssimos serviços públicos que nos são oferecidos e o peso dos impostos que
pagamos por eles.
Estes
protestos só servem para tirar o foco de outras discussões mais importantes
como o tamanho paquidérmico de nosso Estado. Sobre a corrupção, os
desperdícios, o atendimento clientelista, as mordomias. É isto, o tamanho de
nosso Estado, que devemos discutir. E uma discussão no mínimo consciente nos
fará perceber a necessidade urgente de diminuirmos este Estado.
Ah!
Mas és funcionário público e viajastes no feriado! Sim viajei. Eu e minha
esposa adiantamos o trabalho e fizemos horas a mais durante um período anterior
ao feriado para podermos viajar na sexta, dia que não temos aulas e usamos para
atendimentos, pesquisa e orientações.
Mas
em função da convocação da greve geral nós decidimos, por não compactuar com a
putaria, e transferimos nossa viagem. Fomos trabalhar na sexta.
Praticamente, só
nós estávamos na Instituição. Nós e cerca de dez abnegados. Isto numa
instituição que deve ter cerca de 80 ou mais funções comissionadas e cargos de
direção, que não podem fazer greve. Imaginem!
Bom, nós fizemos nossa parte.
Trabalhamos na sexta e viajamos após o expediente. Com a alma e o coração
pacificados. Curtimos
nosso feriado com a sensação do dever cumprido e de estarmos em dia com nossas
convicções e caráter.
Queria
discutir neste texto outras coisas como o Habeas
Corpus do Zé Dirceu, as pesquisas
manipuladas pró Lula, e as confusões e quebra-quebras da pseudo-greve. Mas isto
ficará para a próxima postagem.
Quanto
a tal de greve o que podemos dizer? Demonstra a fraqueza das esquerdas.
Demonstra que o povo está de saco cheio desta corja.
Infelizmente
teremos de pagar a conta, pois esta meia greve servirá para nossos patrióticos
políticos aumentarem o preço para aprovar as tão necessárias reformas.
Ah!
E sobrou mortadela. Muita mortadela.
Aguardo
ansiosamente a próxima convocação de greve de meia-tigela para que possa
exercer meu direito de furar a greve.
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Só um comentário final, 'combinar com os russos' é uma história folclórica da Seleção brasileira na Copa de 1958, na Suécia.
Contam que antes do jogo com a URSS,
vencido pelo Brasil por 2×0, o treinador Vicente Feola fazia sua preleção,
incentivando os jogadores até que olhou para o ponta-direita Garrincha, o anjo
das pernas tortas, onde se prosseguiu o seguinte diálogo ou algo assim:
- "Garrincha, é o seguinte: você pega a bola e dribla o primeiro beque.
Quando chegar o segundo, você dribla também. Aí vai até a linha de fundo, cruza
forte para trás, para o Vavá marcar (o gol)”.
Garrincha, calado, assustado com as instruções, falou:
- Tudo bem professor, mas o senhor já combinou isso com os russos?
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