domingo, 23 de outubro de 2016

PARLAMENTANDO



Parlamento é o lugar onde se parlamenta, onde se exerce o ofício de parlamentar. A palavra tem origem no francês parler que significa "falar" ou "discursar". Esta é uma das funções dos políticos, ‘falar’ em nome do povo que os elegeu e que eles deveriam representar. No parlamento através da fala, do discurso, da discussão e do embate de ideias os políticos deveriam legislar, propor ações e fiscalizar os atos do poder executivo, sempre em nome daquele ou daqueles que os elegeram, ou seja, o povo.
Brasil afora estão os nossos parlamentos, são as Câmaras de Vereadores, as Assembléias Legislativas Estaduais e Distrital, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal. 
Aqueles Senhores e Senhoras que ali estão devem, ou pelo menos deveriam, ser a voz do povo brasileiro. Foi para isto que foram eleitos, para falar em nome de seus eleitores, serem seus procuradores, seus representantes. Mas sabemos que, para a grande maioria dos que ali estão, basta-lhes representarem a si mesmos e seus interesses.
O Povo brasileiro jaz hoje sem voz, afônico, mudo. Mas ultimamente as ruas tem dado um grito ensurdecedor aos políticos e congêneres. E, este grito de liberdade vai espalhando-se, cada vez mais intenso, pelos quadros cantos do nosso Brasil. Este grito permite que se profetize aqui: 'coitados daqueles que não escutarem o grito das ruas'.
Mas e se o povo pudesse usar o parlamento, usar o pulpito de nossa Câmara ou Senado para dizermos de voz própria aquilo que nós, o povo, pensamos, especialmente aquilo que pensamos sobre aqueles que ali estão e deveriam nos representar. 
Quiçá, eu, em minha vã modéstia, poderia ‘parlar’ e falar o que penso e sobre o que pensam aqueles que estão aqui nas ruas de nosso Brasil. O que diriamos aos nossos digníssimos (ou no caso de muitos deles, indigníssimos) representantes, que em sua grande maioria, não nos representam.
Talvez dissessemos que o povo trabalhador brasileiro está cansado de bolsas e esmolas, que quer emprego digno, sem ter de sustentar ‘vagabundos’ em nome de projetos de poder. Que queremos negociar diretamente com nossos patrões sem depender de sindicatos aparelhados e sindicalistas oportunistas. Provavelmente aqui já teria sido interrompido aos gritos por algum de nossos ‘ democráticos’ parlamentares.
Talvez dissessemos que estamos fartos da violência, fartos de sermos culpados como sociedade pela criminalidade pois a sociedade não torna ninguém criminoso. Estão ai os milhões de pobres brasileiros, trabalhadores, honestos e assustados em suas casas com a escalada da violência.
 Diríamos que basta de prender e soltar, que bastam de ‘direitos humanos’ para bandidos e do descaso com as vítimas. Quem merece consideração e apoio são as vítimas, lugar de bandido é na cadeia, trabalhando obrigatoriamente, para se sustentarem como todo brasileiro honesto trabalha, deoxando de serem um peso morto para os brasileiros honestos.
Avisariamos aos ‘doutos’ parlamentares para terem cuidado pois o medo facilmente vira ódio e revolta. E as ruas em breve poderão reverberar o grito de que ‘bandido bom é bandido morto’. Dizer-vos que se isto ocorrer serão os senhores e senhoras parlamentares os responsáveis pelo banho de sangue que advir. Neste momento ocorrerão gritos histéricos por todo parlamento e, provavelmente, eu já teria sido agredido física e moralmente.
Diríamos que não nos representam aqueles que admiram aos Marighellas ou aos Ustras da vida, pois as atitudes de ambos não são condizentes com a índole do povo Brasileiro. Nem o terror de um, nem a tortura do outro. 
Mas lembraria que acima de tudo, nenhum dos dois é criminoso pois em nosso estado de direito é constitucionalmente válida a Lei da Anistia, que foi fundamental para chegarmos no atual estágio democrático de nossa Nação, em que pese a frustração dos revisionistas de esquerda.
Poderíamos falar que ao povo tanto faz se a Educação e a Saúde são públicas ou privadas. Para o povo só importa que elas estejam disponíveis, com QUALIDADE (em letras garrafais) e gratuitas para aqueles que não puderem pagar.
 Quiçá vos contaríamos que o povo brasileiro quer tão pouco do Governo e este tão pouco resume-se no pedido de que o Governo, se não ajudar, pelo menos não atrapalhe.
Sonho em puder dizer tudo isto e muito mais que está entalado em minha garganta e que inquieta e faz doer minh’alma. Mas reflito e penso que se tivesse esta oportunidade, de falar aos nossos políticos e governantes, acabaria por nada dizer.
Por quê? Porque nossos políticos já demonstraram uma surdez incurável a voz do povo e até aos estridentes gritos das ruas. Embora ultimamente estes gritos tenham assustado os mais ‘espertos’ entre os parlamentares. 
Nada diria pois tenho claro de nada que dissessemos teria qualquer efeito sobre os ‘ouvidos de mercador’ de ‘Vossas Excelências’ (ou seriam Vossa Insolências?), estas palavras e verdades entrariam por um ouvido e sairiam por outro, como diz nossa sabedoria popular.
Mas será, que perderia esta oportunidade ímpar, que este ‘sonho’, que este momento imaginativo, me proporcionou. 
Penso, reflito e encontro a solução, onde breves palavras serão suficientes para exprimir em bom e claro português, o que pensamos e o que desejamos aos nossos políticos, governantes et caterva. E o que eu diríamos, bom eu diria mais ou menos o que segue:
Bom dia! Senhoras e Senhores parlamentares e governantes, nós o povo brasileiro, gostaríamos neste momento ímpar de dizer-vos apenas uma coisa. 
Nós, gostaríamos, MUI RESPEITOSAMENTE (sim, mui respeitosamente, somos um povo educado), que Vossas Excelências fossem...

[..............!] *
* Deixo a lacuna para que cada brasileiro preencha com os sentimentos que guarda no âmago de sua alma.

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