Parlamento
é o lugar onde se parlamenta, onde se exerce o ofício de parlamentar. A palavra
tem origem no francês parler que significa "falar" ou
"discursar". Esta é uma das funções dos políticos, ‘falar’ em nome do
povo que os elegeu e que eles deveriam representar. No parlamento através da
fala, do discurso, da discussão e do embate de ideias os políticos deveriam
legislar, propor ações e fiscalizar os atos do poder executivo, sempre em nome
daquele ou daqueles que os elegeram, ou seja, o povo.
Brasil afora estão os nossos parlamentos, são
as Câmaras de Vereadores, as Assembléias Legislativas Estaduais e Distrital, a
Câmara dos Deputados e o Senado Federal.
Aqueles Senhores e Senhoras que ali
estão devem, ou pelo menos deveriam, ser a voz do povo brasileiro. Foi para isto que foram eleitos, para falar em nome de seus eleitores, serem seus
procuradores, seus representantes. Mas sabemos que, para a grande maioria dos
que ali estão, basta-lhes representarem a si mesmos e seus interesses.
O Povo brasileiro jaz hoje sem voz, afônico, mudo.
Mas ultimamente as ruas tem dado um grito ensurdecedor aos políticos e
congêneres. E, este grito de liberdade vai espalhando-se, cada vez mais intenso,
pelos quadros cantos do nosso Brasil. Este grito permite que se profetize aqui: 'coitados daqueles que não
escutarem o grito das ruas'.
Mas e se
o povo pudesse usar o parlamento, usar o pulpito de nossa Câmara ou Senado para
dizermos de voz própria aquilo que nós, o povo, pensamos, especialmente aquilo que
pensamos sobre aqueles que ali estão e deveriam nos representar.
Quiçá, eu, em
minha vã modéstia, poderia ‘parlar’ e falar o que penso e sobre o que pensam
aqueles que estão aqui nas ruas de nosso Brasil. O que diriamos aos nossos
digníssimos (ou no caso de muitos deles, indigníssimos) representantes, que em sua grande
maioria, não nos representam.
Talvez
dissessemos que o povo trabalhador brasileiro está cansado de bolsas e esmolas,
que quer emprego digno, sem ter de sustentar ‘vagabundos’ em nome de projetos
de poder. Que queremos negociar diretamente com nossos patrões sem depender de
sindicatos aparelhados e sindicalistas oportunistas. Provavelmente aqui já teria
sido interrompido aos gritos por algum de nossos ‘ democráticos’ parlamentares.
Talvez
dissessemos que estamos fartos da violência, fartos de sermos culpados como
sociedade pela criminalidade pois a sociedade não torna ninguém criminoso. Estão ai
os milhões de pobres brasileiros, trabalhadores, honestos e assustados em suas
casas com a escalada da violência.
Diríamos que basta de prender e soltar, que
bastam de ‘direitos humanos’ para bandidos e do descaso com as vítimas. Quem
merece consideração e apoio são as vítimas, lugar de bandido é na cadeia,
trabalhando obrigatoriamente, para se sustentarem como todo brasileiro honesto
trabalha, deoxando de serem um peso morto para os brasileiros honestos.
Avisariamos aos ‘doutos’ parlamentares para terem cuidado pois o medo facilmente vira
ódio e revolta. E as ruas em breve poderão reverberar o grito de que ‘bandido
bom é bandido morto’. Dizer-vos que se
isto ocorrer serão os senhores e senhoras parlamentares os responsáveis pelo
banho de sangue que advir. Neste momento ocorrerão gritos histéricos por todo parlamento e, provavelmente, eu já teria sido
agredido física e moralmente.
Diríamos
que não nos representam aqueles que admiram aos Marighellas ou aos Ustras da
vida, pois as atitudes de ambos não são condizentes com a índole do povo Brasileiro. Nem o
terror de um, nem a tortura do outro.
Mas lembraria que acima de tudo, nenhum
dos dois é criminoso pois em nosso estado de direito é constitucionalmente
válida a Lei da Anistia, que foi fundamental para chegarmos no atual estágio
democrático de nossa Nação, em que pese a frustração dos revisionistas de
esquerda.
Poderíamos
falar que ao povo tanto faz se a Educação e a Saúde são públicas ou privadas. Para o povo só importa que elas estejam disponíveis, com QUALIDADE (em letras
garrafais) e gratuitas para aqueles que não puderem pagar.
Quiçá vos
contaríamos que o povo brasileiro quer tão pouco do Governo e este tão pouco
resume-se no pedido de que o Governo, se não ajudar, pelo menos não atrapalhe.
Sonho
em puder dizer tudo isto e muito mais que está entalado em minha garganta e que
inquieta e faz doer minh’alma. Mas reflito e penso que se tivesse esta
oportunidade, de falar aos nossos políticos e governantes, acabaria por nada
dizer.
Por
quê? Porque nossos políticos já demonstraram uma surdez incurável a voz do povo
e até aos estridentes gritos das ruas. Embora ultimamente estes gritos tenham
assustado os mais ‘espertos’ entre os parlamentares.
Nada diria pois tenho
claro de nada que dissessemos teria qualquer efeito sobre os ‘ouvidos de
mercador’ de ‘Vossas Excelências’ (ou seriam Vossa Insolências?), estas
palavras e verdades entrariam por um ouvido e sairiam por outro, como diz nossa
sabedoria popular.
Mas
será, que perderia esta oportunidade ímpar, que este ‘sonho’, que este momento
imaginativo, me proporcionou.
Penso, reflito e encontro a solução, onde breves
palavras serão suficientes para exprimir em bom e claro português, o que
pensamos e o que desejamos aos nossos políticos, governantes et caterva. E o que eu diríamos, bom eu
diria mais ou menos o que segue:
Bom dia! Senhoras e Senhores
parlamentares e governantes, nós o povo brasileiro, gostaríamos neste momento
ímpar de dizer-vos apenas uma coisa.
Nós, gostaríamos, MUI RESPEITOSAMENTE (sim, mui
respeitosamente, somos um povo educado), que Vossas Excelências fossem...
[..............!] *
* Deixo a lacuna para que cada brasileiro preencha com os sentimentos que guarda no âmago de sua alma.
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