Sou gaúcho e
me orgulho de ter nascido por aqui no sul do Brasil, não pelo fato dos gaúchos
serem melhores ou piores, mas sim pelo fato de que ser gaúcho torna-me
brasileiro e, isto sim, infla meu ego. Com erros e acertos, mandos e desmandos
este é meu chão, minha pátria, rica de cultura, diversa em sua diversidade,
genial e criativa no jeito alegre e simples de seu povo.
Maltratada
sim, ainda mais depois de anos de poder do ideologismo marxista, corrupto e
corruptor, dos desmandos daqueles que nos governavam até pouco tempo e de
outros que nos governaram antes. Saturada do putrefato projeto ideológico
bolivariano que contrasta com tudo aquilo de bom que no Brasil e suas gentes tem
e valorizam. Mas enfim sabemos que expurgados estes outros virão e a nós sempre
ficará o orgulho de nossa Pátria una e diversa, o Brasil.
Mas pasmem
que ao ler o jornal deparo-me com a notícia de que um grupo de ‘sulistas’ quer
a independência do Sul do Brasil. A alegação é que os impostos cobrados não têm
retorno do Governo Central e que estaríamos melhores independentes. O que em
certa parte é verdade, mas é uma verdade óbvia em todo o Brasil e não só no Sul.
Alegam que somos diferentes, que isto ou aquilo (entre outras tantas bobagens e
argumentos pífios).
E aí me
pergunto indignado, melhores? Diferentes? Será que estas pessoas não sabem
fazer contas, será que não percebem que estados como o Rio Grande do Sul (berço
de petistas ilustres que o governaram e ajudaram a colocá-lo nesta situação)
está quebrado, por incompetência única e exclusiva dos gaúchos que geriram o
estado e daqueles que os elegeram para isto. Meu Deus será que não raciocinam
que os únicos que ganhariam com isto seriam os outros estados brasileiros que
se livrariam de pesos mortos da economia.
Bom há tanto
que argumentar que decidi não perder tempo com raciocínios incompletos,
primários e até em certo grau envolvidos em alto grau de imbecialização
coletiva. E, embora saiba ser inconstitucional qualquer ação em prol da divisão
do país, ou seja, que esta sandice restaria nula e inválida, resolvi ir até um
posto de votação para conferir ‘as propostas’ separatistas.
Lá chegando
me deparo com um cidadão pilchado, um gaudério, orgulhoso de suas vestes
‘farroupilhas’ (o que ele provavelmente ignora é que estas roupas típicas do
gaúcho aqui chegaram cerca de 40 anos após a Revolução Farroupilha vindas da
Inglaterra via Buenos Aires e São Paulo. E mais que os lideres farroupilhas
usavam culotes e rendas francesas como trajes. Nada mais dissonante daquele
traje que meu orgulhoso conterrâneo ostentava).
Este cidadão me
pergunta se quero votar. Digo que sim e vou pegar um documento. Ele me diz que
não precisa de documento. Questiono como vai saber quem eu sou, se moro no Rio
grande e se não vou votar duas vezes. Diz-me que confia na minha palavra (o que
demonstra, na opinião dos organizadores, o total controle e lisura do processo)
e me entrega uma lista para assinar e uma cédula. Procedo meu voto, um redondo
“NÃO”, pois óbvio não posso ser favorável a uma sandice, ademais
inconstitucional. Ao que meu companheiro responde com surpresa, mas tu vais
votar no não. Eu confirmo e, lá vem à pergunta, mas então por que viestes
votar? Respondo com outra pergunta, mas só pode votar quem é favorável? Quem
vai votar no sim? O silêncio e a cara emburrada valem como resposta e vou
embora pois razões e argumentos de nada valem quando enfrentamos a bestialidade
da paixão. Quanto às propostas não as vi e duvido que quiçá existam.
Reflito que o
culto exarcebado ao ‘orgulho farroupilha’ está devolvendo seus amargos frutos,
parece-me que algumas pessoas do Sul vivem num universo à parte, onde sentem-se
superiores aos demais brasileiros. Orgulhosos de seu passado de derrota (pois
para quem não sabe os Farroupilhas foram derrotados, do primeiro ao quinto)
encarnam um Napoleão, ou melhor, um Bento Gonçalves de hospício e vagam por
estes pagos repetindo mentiras históricas como fatos heroicos.
Esquecem-se
dos motivos (dinheiro e poder) da Revolução, das derrotas que foram maioria, da
incompetência e da indisciplina dos líderes farroupilhas, da falta de valores e
ideais que podem ser claramente vislumbradas na ‘Traição de Porongos’, onde os
farroupilhas entregaram à morte os lanceiros negros, garantindo assim que suas
fazendas poderiam continuar explorando a mão-de-obra escrava. É muita
incoerência o fruto deste culto insano que leva pessoas a crerem-se melhores
que as outras.
Felizmente esta sandice é de poucos, pois a
maioria dos Sulistas não encampou a ideia de mártires derrotados pela perfídia
e prefere trabalhar em prol da Pátria brasileira. Deixemos então de cultuar a
derrota e abracemos a nossa Pátria vitoriosa.
Viva o Brasil!
Viva o Brasil do Sul, do Norte, do Sudeste, Centro-oeste e Nordeste. Viva o
Brasil do sertão a floresta, do pantanal ao pampa. E Vivam os brasileiros de
qualquer origem.
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