Comecei a
escrever este artigo antes da Copa na Rússia iniciar, continuei escrevendo pari-passu com os jogos da Copa.
Finalizei o texto nas oitavas de final, não sei como foi o Brasil nas quartas
de final, espero que mal, mas isto é outra história.
Por que não
publiquei o texto? Não sei, desesperança talvez. Parece que minha adesão ao
movimento dos Sem-saco fez com que eu não tivesse mais saco (paciência) para
estas coisas.
Mas vamos lá.
Mais importante do que a Copa do Mundo da Rússia (falo da Federação Russa,
maior país do mundo, ocupando um nono da superfície terrestre – uma área quase
o dobro do continental Brasil – localizado na Eurásia), evento de relevância
mundial que vai muito além do esporte, é
a situação do Brasil, o que ocorre por aqui agora, neste exato momento em que
os craques, nem tão craques e escroques entram em campo nas terras do povo Rus, defendendo seus escretes com maior
ou menor galhardia.
Aqui nas Terrae brasilis, no que pensamos ser a
encarnação terrena das Ilha afortunadas de São Brandão ou Hy Brazil, a coisa está ruça e tende a piorar.
Ruça, RUÇA, com
cedilha mesmo, no amplo sentido da palavra. Ruça, na definição do dicionário: Complicada, cheio de adversidades, de dificuldades;
perigosa, apertada.
E por que? Porque nossos juízes dos tribunais
superiores e nossos políticos armam e executam planos e esquemas criminosos
para subjugarem o Brasil decente que insiste em afrontá-los. É o Congresso
aumentando despesas, são Câmaras de Vereadores e Assembléias Estaduais
aprovando projetos inexequíveis e que aumentarão ainda mais a quebradeira das
unidades da Federação.
E a conta? A conta fica para as próximas gestões e
para o Zé Povinho que sempre paga.
Não há escrúpulos, não há limites, não há patriotismo ou dever cívico, apenas
avidez incomesurável pelo poder, pelo dinheiro público e pelo que é nosso, de
todo o povo brasileiro.
No Congresso Nacional, a pouca atividade aparente
esconde uma atividade frenética, escusa e impublicável que visa, acima de tudo
manter o status quo e continuar nos
ferrando. Estas manipulações só não são mais frenéticas pelo medo das urnas.
Mas nos Supremos Tribunais barsileiros não há urnas
portanto não há medo e não há limites à manipulação, à desfaçatez, à cara-de-pau
e à sem-vergonhice. O PT e seus asseclas colonizaram, literalmente os tribunais
superiores brasileiros. Em alguns casos o limite ético e o sentimento
patriótico falaram mais alto mas em outros a Omertá vale mais que princípios, moral, civismo e civilidade.
Basta ver o que os augustos e soberbos ministros da
segunda turma fizeram com Zé Dirceu et
caterva, soltaram bandidos de alta periculosidade que roubaram, destruiram
e ajudaram a condenar a pobreza e a morte milhões de brasileiros. O Código de
Desonra destes mafiosos, suas posições e vínculos fraternos e de gratidão
libertaram bandidos de alta periculosidade como se fossem heróis injustiçados.
Concederam à crápulas inescrupulosos benesses que não concedem à ladrões de
galinha.
Aos que roubam o povo e condenam milhões as glórias e
benesses do poder ao povo a dura lex.
Soltaram Genu, Dirceu e só não soltaram Lula, concedendo-lhe a chance de
concorrer nas eleições porque o Ministro Fachin, a Ministra Carmen Lúcia e
outros ministros reagiram e agiram a revelia das vontades desta corja.
É este o jogo jogado nos gramados de Brasília e do
Brasil, enquanto a bola joga na Rússia ‘eles’ jogam, por aqui um jogo de cartas
marcadas em que nós, o povo brasileiro, seremos goleados por mais que 7 a 1.
Só
não contavam com algumas armas secretas, com a mudança de mentalidade e de foco
de nosso ‘time’ (povo). Como diria Garrincha, o gênio, ‘esqueceram de combinar com os russos’. E o Brasil decente
conseguiu empatar com a jogada genial de Fachin, fuzilando o drible de Lula e
com o gol marcado contra a contribuição sindical obrigatória, que começará
a desmontar a estrutura de corrupção do sindicalismo torpe brasileiro.
Empatamos, mas virão a prorrogação e os penaltis após
a eleição. Eles preparam suas armas secretas e terão um novo jogador em campo:
Dias Toffolli no STF, jogador perigoso, matreiro e chegado em um jogo sujo.
Após as eleições será reforçado por um Congresso mais ou menos renovado, o que
depende só de nós. Mas é certo que o jogo não acabou.
Quanto ao futebol de verdade, aquele que ocorre na
Rússia esclareço que não sou daqueles descerebrados da esquerda clássica que
eram contra a Seleção brasileira pois achavam que a CBF e a Seleção eram o ópio
do povo e que contra-arrazoavam a ‘revolução’. Muito menos sou daqueles que acham
que a camisa verde-amarela é símbolo do suposto golpe, contra Dilma. Também não
sou um dos que acha futebol uma perda de tempo ou idiotice.
Muito antes pelo contrário sou um apaixonado pelo
nobre esporte bretão, já joguei (perna de pau, mas joguei), vou ao estádio, sou
fanático por meu time, torço visceralmente. Sou Lobão, sou áureo-cerúleo,
torcedor enloquecido do meu Esporte Clube Pelotas, o Lobo da avenida e
transmiti esta paixão ameu filho.
Também acho a CBF corrupta e safada, tanto quanto o
Congresso Nacional, mas pelo menos a CBF não rouba meu dinheiro. Penso que o
futebol é alegria e diversão e não o ópio do povo, como querem nossos zintelectuais. E a camisa da seleção
brasileira é linda verde e amarela, usei-a com orgulho nas manifestações contra
o Collor e contra a Dilma e usarei ao manifestar-me contra qualquer safado que
se instale no Governo. O Brasil é verde e amarelo e não vermelho, vermelho é
cor de bandido e corrupto.
Mas não torço pela seleção brasileira, já torci pela
seleção de 1982, por exemplo. Por esta não torço por dois motivos: primeiro meu
avô de origem uruguaia e a proximidade da fronteira fizeram-me valorizar e
amar a raça e a camisa celeste. E porque, embora simpatize com muitos jogadores
de nosso escrete e, principalmente gosto do Tite, não suporto o Neymar.
Neymar representa o oportunista, mau cárater, que só
quer levar vantagem. Não importam à ele consequencias ou o que causar a outrem
ele quer estar por cima. É um mau, um péssimo exemplo, para o Brasil
especialmente para os jovens brasileiros. Acho muito legal que o sentimento
cívico aflore, que nosso povo torça pela seleção. Só não consigo torcer por um
mau caráter. Me perdoem!
Mas deixando a Copa de lado, não importando o
resultado e se o Brasil será ou não campeão (ainda não sei os resultados das
quartas em diante) cabe-nos preparar para a batalha pós-eleições. Nossos
adversários no Governo, no Congresso, no STF e nas cadeias de Brasília e
curitiba estão preparando um contra-ataque perigoso.
Se a coisa agora está RUÇA pode piorar antes de
melhorar ou lutamos ou é melhor fugir...para a pátria RUSSA!
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