sábado, 8 de setembro de 2018

O Mito e o Minto






Bolsonaro e Lula são parte definitiva deste caos político que assolou o Brasil desde a redemocratização. Mas não são farinha do mesmo saco não. Antagônicos, alguns os vêem como gêmeos siameses, uma anomalia, mas também não o são.
São homens políticos que cresceram falando a voz das ruas e do povo. Falando de forma tosca e até vulgar, ambos, sem distinção.
A diferença é que para Chauí, Tiburi e outros pseudo-intelectuais e gente desta laia, Lula ilumina o mundo ao falar suas bandalheiras. Já Jair não. Jair é o fascismo, a grosseria, a homofobia, a misoginia e mais não sei o que inventam.
Lula é levemente censurado pela imprensa, que tenta excusar-lhe o fato de ser ladrão condenado e dar-lhe, pacientemente, o bônus da dúvida. 
Já Bolsonaro é fuzilado só por olhar para as pessoas , aos pseudo-intelectuais causa náuseas, ainda mais por ser militar, defender as armas e pregar ser duro com bandidos.
Creio que se eleito Bolsonaro sofrerá o que sofre Trump, repudio e ataques até pelos seus pensamentos. Mas como Trump creio que resistirá e surpreenderá a todos sendo reeleito pois ambos são sinceros no que prometem. Podem ter sido eleitos prometendo disparates, hoje Trump é e, Bolsonaro será, condenado por seus disparates. Mas pasmem estão ou estarão cumprindo suas promessas e só isso. O que provavelmente fará com que aqueles que neles votaram, votem de novo.
Lula e Bolsonaro são seres políticos e trilharam caminhos paralelos, mas distintos. 
Lula pouco trabalhou, mesmo na política (foi uma vez deputado e cansou do Congresso, esforço demais). Sem ter sido trabalhador ungiu-se como representante destes. Começou a mentira, o conto mitológico que tornou-se sua estória (e não história).
Traiu e esmagou quem lhe atravessou o caminho, entregou companheiros, destruiu carreiras, mas manteve a aura do Líder. Dizia-se pobre mas sempre viveu o luxo dos ‘favores’. Não estudou, não trabalhou, nada fez e chegou a Presidência. 
Consolida-se o Mito de Lula pela mentira de sua vida, uma construção mitológica.
Como Presidente corrompeu e foi corrompido, usou e gozou do poder, acreditou que era dono do Poder, do país, que era eterno. Elegeu Dilma para sucedê-la depois.
Por ela foi traído e teve de vê-la reeleita. Entregou Dilma aos lobos, mas quando percebeu que ele também iria para o inferno correu em sua defesa (dele não dela).
Caiu na esparrela, subiu no caixão da mulher com a falta de escrúpulos que lhe é peculiar. Deixou seu lugar na história em troca do orgulho e da sensação megalomaníaca de ser o maioral. Preso, justamente, afrontou a justiça, cuspiu na cara do trabalhador, do cidadão honesto com a maior desfaçatez.
E da cadeia, por permissividade de alguns daqueles com quem privou o poder, tenta desestabilizar o país e gerar o caos. Até agora não conseguiu.
Lula fala a voz do povo, já o compreendeu, outrora. Mas representa aquilo que o brasileiro não quer mais: a esperteza, o jeitinho, o vagabundo que fica rico sem trabalhar. Lula é o Zé Carioca (personagem de gibi) mas só que mau caráter, sem escrúpulos, apenas isto.
Lula fez de sua biografia um conto mitológico em que só comparsas e idiotas acreditam. De MITO virou o MINTO, a mentira e a devassidão.
Já Bolsonaro não é uma virgem vestal. Sobreviveu por mais de duas décadas em Brasília, o que o faz um político hábil. 
Se não tinha muita representatividade, pelo menos representava aqueles grupos o elegeram e reelegeram.
Mais que isto trabalhou e estudou desde jovem. Quem conhece a rotina da caserna sabe que não é fácil. Não é nem foi vagabundo, nem jamais se arvorou a representante dos trabalhadores. É quem sempre foi.
Também não se enlameou com corrupção. Quando era apenas um deputado e os operadores do seu partido de então, o PP, fecharam uma delação premiada com a Lava-jato, apenas Bolsonaro e Ana Amélia não foram citados. Apenas eles não estavam envolvidos.
Começou a dois anos a construção de uma candidatura viável, ninguém deu-lhe bola. Nenhum candidato sobreviveu tanto tempo na política brasileira, ainda mais sem a estrutura de um grande partido. Lula sobreviveu mas tinha o PT, a esquerda e FHC (embora negue) por trás.
Com um partido nanico, sem tempo de TV e sem dinheiro Bolsonaro é um fenômeno. Ninguém na história recente brasileira movimentou tanta gente espontaneamente. 
Movimentos como o Diretas Já, Fora Collor e Fora Dilma eram suprapartidários. Mas uma pessoa causando comoção nas ruas? Não!
 Bolsonaro é um mito!
 Lula no auge de sua carreira pôs tanta gente de forma espontânea. Sabemos hoje que as ‘multidões’ de Lula incluíam gente a soldo, mortadela, sindicalistas, pelegada, showmício e ângulos espertos de filmagem. Bolsonaro é ele e o povo. As pessoas vão atrás do mito.
Bolsonaro também fala o rude idioma das ruas e do povo. Mas percebeu que nosso povo, seus problemas e anseios mudaram e agora sua fala reflete aquilo que a grande maioria dos brasileiros pensam e querem.
 Podem chamá-lo de despreparado, de tosco, mas o povo o abraça nas ruas. 
E os esquerdopatas tem ânsia de vômito, mas estes ainda creem em Lula, portanto não contam.
É isto que transformou Bolsonaro no MITO, se sua atitude mudará se eleito, só a história poderá nos contar, mas hoje ele é o MITO.
E o sangue que derramou em Juiz de Fora aproximou-lhe mais ainda do povo. Transformou-lhe parte em mártir, parte naquele que o ‘estabilishiment’ não quer. Aproximou-lhe de Tiradentes e Getúlio, heróis na visão de nosso povo.
Consolidou o MITO!
Na batalha entre o MITO e o MINTO que prevaleça o MITO e que o MINTO morra atrás das grades.
Torço pelo MITO. Boa Sorte Capitão!
PS: Não sou eleitor do Bolsonaro, pelo menos não no primeiro turno. Apenas relato o que vejo.

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