Bolsonaro
e Lula são parte definitiva deste caos político que assolou o Brasil desde a
redemocratização. Mas não são farinha do mesmo saco não. Antagônicos, alguns os
vêem como gêmeos siameses, uma anomalia, mas também não o são.
São
homens políticos que cresceram falando a voz das ruas e do povo. Falando de
forma tosca e até vulgar, ambos, sem distinção.
A
diferença é que para Chauí, Tiburi e outros pseudo-intelectuais e gente desta
laia, Lula ilumina o mundo ao falar suas bandalheiras. Já Jair não. Jair é o
fascismo, a grosseria, a homofobia, a misoginia e mais não sei o que inventam.
Lula
é levemente censurado pela imprensa, que tenta excusar-lhe o fato de ser ladrão
condenado e dar-lhe, pacientemente, o bônus da dúvida.
Já Bolsonaro é fuzilado
só por olhar para as pessoas , aos pseudo-intelectuais causa náuseas, ainda
mais por ser militar, defender as armas e pregar ser duro com bandidos.
Creio
que se eleito Bolsonaro sofrerá o que sofre Trump, repudio e ataques até pelos
seus pensamentos. Mas como Trump creio que resistirá e surpreenderá a todos sendo
reeleito pois ambos são sinceros no que prometem. Podem ter sido eleitos
prometendo disparates, hoje Trump é e, Bolsonaro será, condenado por seus
disparates. Mas pasmem estão ou estarão cumprindo suas promessas e só isso. O
que provavelmente fará com que aqueles que neles votaram, votem de novo.
Lula
e Bolsonaro são seres políticos e trilharam caminhos paralelos, mas distintos.
Lula pouco trabalhou, mesmo na política (foi uma vez deputado e cansou do
Congresso, esforço demais). Sem ter sido trabalhador ungiu-se como
representante destes. Começou a mentira, o conto mitológico que tornou-se sua
estória (e não história).
Traiu
e esmagou quem lhe atravessou o caminho, entregou companheiros, destruiu
carreiras, mas manteve a aura do Líder. Dizia-se pobre mas sempre viveu o luxo
dos ‘favores’. Não estudou, não trabalhou, nada fez e chegou a Presidência.
Consolida-se o Mito de Lula pela mentira de sua vida, uma construção
mitológica.
Como
Presidente corrompeu e foi corrompido, usou e gozou do poder, acreditou que era
dono do Poder, do país, que era eterno. Elegeu Dilma para sucedê-la depois.
Por ela foi
traído e teve de vê-la reeleita. Entregou Dilma aos lobos, mas quando percebeu
que ele também iria para o inferno correu em sua defesa (dele não dela).
Caiu
na esparrela, subiu no caixão da mulher com a falta de escrúpulos que lhe é
peculiar. Deixou seu lugar na história em troca do orgulho e da sensação
megalomaníaca de ser o maioral. Preso, justamente, afrontou a justiça, cuspiu
na cara do trabalhador, do cidadão honesto com a maior desfaçatez.
E
da cadeia, por permissividade de alguns daqueles com quem privou o poder, tenta
desestabilizar o país e gerar o caos. Até agora não conseguiu.
Lula
fala a voz do povo, já o compreendeu, outrora. Mas representa aquilo que o
brasileiro não quer mais: a esperteza, o jeitinho, o vagabundo que fica rico
sem trabalhar. Lula é o Zé Carioca (personagem de gibi) mas só que mau caráter,
sem escrúpulos, apenas isto.
Lula
fez de sua biografia um conto mitológico em que só comparsas e idiotas
acreditam. De MITO virou o MINTO, a mentira e a devassidão.
Já
Bolsonaro não é uma virgem vestal. Sobreviveu por mais de duas décadas em
Brasília, o que o faz um político hábil.
Se não tinha muita representatividade,
pelo menos representava aqueles grupos o elegeram e reelegeram.
Mais
que isto trabalhou e estudou desde jovem. Quem conhece a rotina da caserna sabe
que não é fácil. Não é nem foi vagabundo, nem jamais se arvorou a representante
dos trabalhadores. É quem sempre foi.
Também
não se enlameou com corrupção. Quando era apenas um deputado e os operadores do
seu partido de então, o PP, fecharam uma delação premiada com a Lava-jato, apenas
Bolsonaro e Ana Amélia não foram citados. Apenas eles não estavam envolvidos.
Começou
a dois anos a construção de uma candidatura viável, ninguém deu-lhe bola. Nenhum
candidato sobreviveu tanto tempo na política brasileira, ainda mais sem a
estrutura de um grande partido. Lula sobreviveu mas tinha o PT, a esquerda e
FHC (embora negue) por trás.
Com
um partido nanico, sem tempo de TV e sem dinheiro Bolsonaro é um fenômeno.
Ninguém na história recente brasileira movimentou tanta gente espontaneamente.
Movimentos como o Diretas Já, Fora Collor e Fora Dilma eram suprapartidários.
Mas uma pessoa causando comoção nas ruas? Não!
Bolsonaro é um mito!
Lula no auge
de sua carreira pôs tanta gente de forma espontânea. Sabemos
hoje que as ‘multidões’ de Lula incluíam gente a soldo, mortadela,
sindicalistas, pelegada, showmício e ângulos espertos de filmagem. Bolsonaro é
ele e o povo. As pessoas vão atrás do mito.
Bolsonaro
também fala o rude idioma das ruas e do povo. Mas percebeu que nosso povo, seus
problemas e anseios mudaram e agora sua fala reflete aquilo que a grande
maioria dos brasileiros pensam e querem.
Podem chamá-lo de despreparado, de
tosco, mas o povo o abraça nas ruas.
E os esquerdopatas tem ânsia de vômito, mas
estes ainda creem em Lula, portanto não contam.
É
isto que transformou Bolsonaro no MITO, se sua atitude mudará se eleito, só a história
poderá nos contar, mas hoje ele é o MITO.
E
o sangue que derramou em Juiz de Fora aproximou-lhe mais ainda do povo.
Transformou-lhe parte em mártir, parte naquele que o ‘estabilishiment’ não
quer. Aproximou-lhe de Tiradentes e Getúlio, heróis na visão de nosso povo.
Consolidou
o MITO!
Na
batalha entre o MITO e o MINTO que prevaleça o MITO e que o MINTO morra atrás
das grades.
Torço
pelo MITO. Boa Sorte Capitão!
PS:
Não sou eleitor do Bolsonaro, pelo menos não no primeiro turno. Apenas relato o
que vejo.