quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Eu furei o lockdown da Galega.

 



 

Passei a última semana em Santo Ângelo, infelizmente meu sogro fez a passagem, descansou como dizem. Mas na última sexta-feira tive de retornar à Pelotas para dar atenção a minha mãe que já é bastante idosa. Aqui chegando qual não foi a surpresa nossa prefeita, a galega Paula, ditatorialmente, decretou lockdown na cidade.

Pelotas estava em bandeira laranja e o Governo do Estado vem afrouxando as restrições mesmo para bandeira vermelha e nossa prefeita resolveu decretar um lockdown.

Aliás desde março ela vinha fazendo esta ameaça, vou trancar tudo, vou fazer lockdown.  E, então, como uma mãe severa e caprichosa, que não foi atendida em seus caprichos pelos seus ‘filhos’ resolveu botar todo mundo de castigo.

Sabe os ‘filhos’, ou seja, o povo não fez o que mamãezinha prefeita quis e pronto ela põe a cidade de castigo. Azar se você teve de sair de casa para trabalhar, para buscar sua comida isto não interessa.

Pior é que o tranca-ruas da pandemia começou aqui muito cedo, só passamos a ter casos em número significativo no final de maio, quando chegou o frio. É assim todo ano com outras doenças respiratórias e não seria diferente com a Gripe Chinesa. Pelotas foi a última cidade com mais de 200 mil habitantes no Brasil a ter mortes. Por COVID, a primeira morte ocorreu em junho e até agora são menos de 30 mortes, pouco para uma cidade de cerca de 400 mil habitantes.

No início da pandemia um Hospital Comunitário ofereceu uma ala recém reformada para a Prefeitura fazer 20 leitos de UTI para COVID, o custo seria de cerca de 200 mil reais e serviria, depois da pandemia, para atender apenas ao SUS. O que fez a Prefeitura? Contratou um hospital de campanha, que sequer foi montado e custou o dobro. Provavelmente da mesma empresa que forneceu os hospitais de campanha do Dória. Adivinha qual o partido da Prefeita?

Sempre, em Pelotas, as liberações foram tardias. E há muita influência, nas ações da Prefeitura, de outro Ebó, o Reitorzinho da UFPel, aqui conhecido por Pedrinho Lockdown. Um professor de Educação Física que se arvorou a pesquisador na área médica, apareceu no Fantástico, quer ser candidato a deputado (provavelmente pelo PSOL) e torrou, em uma pesquisa inútil, 12 milhões de reais do Ministério da Saúde na época do Mandetta (dava para comprar 300 respiradores). O novo Ministro cortou o dinheiro, pois disse que a pesquisa era tendenciosa e não tinha embasamento científico nem utilidade. Mas o Governo do Estado continuo financiando a besteira e a campanha, é claro.

Mas vamos ao lockdown nossa prefeita encarnou o típico tiranete caudilho de republiquetas e mandou fechar tudo na cidade, a partir das 20h do sábado (véspera do dias dos pais) até as 12h horas de terça. Quem saísse à rua levaria multa de 1000 reais. 

Perdeu algumas ações na justiça: correios poderiam abrir e carteiros entregar cartas, postos de gasolina também, mas é claro o cidadão não podia sair de casa. Como nossa prefeita não tem filhos e cria cachorros resolveu flexibilizar a coisa: o cidadão só poderia sair de casa para ir ao hospital ou para levar o cachorro para passear.

Cheguei a pensar em colocar uma coleira em meu filho, chama-lo de Lulu e leva-lo para passear.

Sou indômito, decidi que descansaria no domingo, acabávamos de chegar de uma viagem de 700 km, a noite iria na minha mãe, como sempre vou e na segunda, iria com meu filho para o sítio, em uma cidade vizinha e onde o prefeito não é ridículo.

E a multa? Disse a minha mulher e, por ela fui apoiado, que se você multado, brigaria na justiça.

E o COVID? Princípios meus caros, minha liberdade não tem preço, sempre estive disposto a dar minha vida por meu país. Minha liberdade é mais importante que meu país. Portanto afirmo que é preferível morrer a perder minha liberdade, mesmo que de COVID. 

Não abro mão de meus princípios, se fizermos isto em breve estaremos numa ditadura de esquerda, levando porrada e cala-boca.

O mais ridículo foram as sirenes as 20h de sábado. Me senti num bombardeio da segunda guerra, toque de recolher. Decidi, com alguns colegas, impetrar pedidos de Habeas Corpus no STF, se é para brigar vamos brigar. Quando estávamos encerrando o pedido soubemos que o Procurador Geral do Estado impetrou uma ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) contra o decreto da Galega que foi, provavelmente, psicografado pelo nosso professor de Educação Física que faz as vezes de Reitor da Federal.

lockdown, por óbvio, não surtiu efeitos foi uma aglomeração imensa na sexta e no sábado e no retorno na quarta. E no domingo pela manhã, nas vilas e bairros periféricos, todo mundo cagou e andou para Tiranete de plantão. E a Polícia que não entra em vila para prender marginais foi coerente e não entrou para fiscalizar o furo do decreto, até porque o STF proibiu, não é?

Meio-dia o TJ-RS caçou os artigos ditatoriais do decreto da Galega e, eu entrei em meu carro com meu filho e fui circular na cidade. Chance de contaminação zero, estávamos no carro, mas tudo fechado, andamos por horas a fio, por todo lado. Apenas para exercer nosso direito constitucional de ir e vir.

Na segunda a coisa começou a melhorar e fui para o Sítio voltei a noite. Na terça trabalhei pela manhã e fui ao Shopping (fazer nada) a tarde.

A ideia era furar o lockdown na marra, com autorização judicial foi mais gostos.

E nossa Tiranete de plantão ficou com cara de tacho. Agora é trabalhar arduamente para que ela não se reeleja e para impedir que o Pseudocientista, pseudomédico e, infelizmente, atual reitor, se eleja em qualquer cargo público.

Se não lutarmos por nossos valores, por nossos ideais, por nossa liberdade, nos tornaremos escravos destes pulhas e legaremos a nossos filhos uma nação amarrada com os grilhões da esquerda, do politicamente correto e das elites corruptas.

Levantemo-nos irmãos, à Pátria precisa de nosso grito nas ruas!

 

P.S.: Fiquei sabendo hoje, com muita tristeza, que devido a pandemia e as cagadas de nossos gestores fechou as portas em Pelotas o Centenário Café Aquários, ponto equivalente a Boca Maldita de Curitiba aqui em Pelotas. Durante sua longa existência o Café Aquários, ou Esquina do Já Comi, foi palco de tudo que é relevante nesta cidade. É patrimônio material da cidade e do estado do Rio Grande do Sul. Me entristece muito, como frequentador, que tenha fechado. Espero que seja só temporário.

Semana que vem farei uma coluna sobre o Café.

 

RESISTIR! LUTAR! RESISTIR!

Mas com muito orgulho posso afirmar que furei o lockdown da Galega.

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