Triste
sina a dos países europeus, após séculos de guerras, animosidades e mortes
pareciam ter conseguido, ao final do século XX, um status civilizatório que os qualificava para uma vida de
tranquilidade em um mundo sem violência.
Ledo engano, o terror extremista
veio dizer-lhes que a civilidade humana é uma utopia tal qual a utopia
marxista. É lamentável que o belo mercado de natal berlinense tenha sido
maculado com o sangue de seus pacatos frequentadores, vítimas inocentes da loucura
de radicais de todas as matizes.
Agora são os terroristas islâmicos,
mas já foram os Chechenos, já foram os nacionalistas radicais, foram e são os europeus (alemães, belgas, franceses) que revoltados com uma ou outra
frustração havida em suas pátrias, ou simplesmente revoltados por não terem
contra o que se revoltarem, decidem pelo caminho do radicalismo e da morte.
Imaginam-se heróis de uma nova ordem mundial, como outrora imaginaram-se os
rebeldes marxistas (por aqui ainda se imaginam, num acesso de infantilidade
rebelde e sem noção).
Mas não pensem que estes radicais,
qualquer que seja sua religião ou ideologia são em minha opinião mártires ou
vítimas. Não o são, são apenas criminosos, malucos sanguinários. Vítimas são
aqueles que perderam suas vidas nos atentados e suas famílias ou ainda aqueles que
ali se feriram. Aos autores a única coisa que desejo é que o braço forte da lei
e da justiça os abata.
Ocorre que também é preciso
ressaltar que esta tragédia estava anunciada. Depois dos atentados na França e
na Bélgica, depois de Nice era óbvio que um país como a Alemanha acabaria por
ser alvo de um ou outro maluco. Falharam as autoridades, falhou a política
externa, falharam os organismos internacionais e o mundo ficou em uma sinuca de
bico.
Esta violência de caráter racial e
religioso tem origem em três grandes frentes: nas políticas internacionais do
Sr. Barack Obama e de sua ex-secretária de estado Hillary Clinton, nas políticas
‘sociais’ internacionais da própria união europeia capitaneada por Ângela
Merkel e na defasada, aparelhada e ineficiente ONU.
Explico: os EUA são a mega-potência
mundial e por isso mesmo são extremamente relevantes para a paz mundial.
Qualquer ação dos EUA repercute no mundo todo. E, em termos de política
internacional Barack Obama foi um desastre. Pode-se dizer que os reflexos de
suas ações serão sentidos pelo mundo nos próximos 20 anos. A primavera árabe, a
guerra na Síria e sua decorrente e desastrosa onda de refugiados, Benghazi, a
ascensão dos radicais islâmicos são frutos da política desastrosa de Obama e de
sua ex-secretária de Estado (aquela mesma mulher que o esquerdismo queria que
presidisse a maior potência do mundo).
Estás exagerando, dirão alguns. Não, não estou. Foram os americanos que fomentaram a Primavera árabe, são os
americanos que armam os rebeldes na Síria prolongando uma guerra que já devia
ter acabado e são eles os responsáveis pelo nascimento do Estado Islâmico. São
eles os responsáveis, ao fim e ao cabo, pelos massacres em Allepo e pela
imigração dos milhões de refugiados.
Bashar Al-assad é um tirano, mas
manteve a Síria estável e até relativamente próspera por anos a fio e mais,
pode ser controlado, sendo hoje a única alternativa para pacificar rapidamente
a região. É nisso que apostam russos e turcos, mas Al-assad fica fora da esfera
de poder de Obama então armem-se os rebeldes e siga o massacre, preconizam os conselheiros o quase ex-presidente americano.
Este é o legado da administração
Obama: o caos. O que para alguns teóricos da conspiração significa que Obama
desempenhou de forma excepcional o papel para o qual eleito, infelizmente tenho de concordar.
Donald Trump terá muito trabalho
para por a casa dos EUA em ordem. Mas Trump é ‘maluco’ e terá nas mãos um
arsenal nuclear!, dirão. Trump pode ser maluco, mas não é burro. Eu prefiro um maluco
inteligente com poder nas mãos do que um imbecil cheio de ideologias e de ‘boas
intenções’ como Obama. Diz a sabedoria popular de boas intenções o inferno está
cheio.
Quanto a União Européia está
pagando duras penas por sua política alinhada com o pensamento esquerdopata de
Obama e parece-me que vai pagar mais caro ainda. Está ficando cada vez mais
difícil para as atuais lideranças europeias, como Angela Merkel, sobrevirem às
urnas. E infelizmente o poderio europeu poderá sucumbir ante seus próprios
erros e ante o medo dos europeus de usarem sua própria força.
Já a ONU virou uma entidade
cartorial, um cabide de empregos para a esquerda mundial. Não passa de um
organismo inútil e incompetente, onde penduram-se as pencas esquerdistas do
mundo todo, mamando em uma estrutura de mordomias, mas que em prol de seus
objetivos primazes nada faz, só discursa.
A ONU parece-me fadada ao destino
de sua antecessora, a Liga das Nações criada no período entre-guerras para
evitar uma segunda grande guerra. O que fez? Apenas acelerou a deflagração do
conflito.
A ONU perdeu-se nas suas próprias utopias. Critica a PEC do Teto
brasileira e cala-se aos devaneios de Maduro na Venezuela, elogia um Fidel
castro, protege as FARC e é inoperante ante o Estado Islâmico, preocupa-se em
acusar mas não age. Manipula números e dados e age de forma militante.
A ONU caminha a passos largos
para repetir o destino da falecida Liga das Nações, virou uma agência
ideológica marxista e vai falir tal qual a ideologia que abriga. O problema é que antes disto poderá fomentar ou facilitar a ocorrência de outros desastres de
proporções mundiais. Desastres, estes, que deveria evitar. Mas falarei sobre a
ONU em outro artigo, em breve.
Por aqui vou encerrando este
artigo, solidário as famílias das vítimas de Berlim e a todas as vítimas do
terror em 2016. Que vocês encontrem a paz e o conforto por suas perdas neste
Natal e que aqueles que provocaram sua dor e sofrimento encontrem a justiça
tanto dos homens quanto divina.
Que a luz da razão ilumine nossos
líderes para que tenham no ano que chega apenas duas coisas...atitude e coragem de agir.
Um Feliz Natal à todos!
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