terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Mercados de Natal, Berlim e a Crise Internacional.



            Triste sina a dos países europeus, após séculos de guerras, animosidades e mortes pareciam ter conseguido, ao final do século XX, um status civilizatório que os qualificava para uma vida de tranquilidade em um mundo sem violência.
            Ledo engano, o terror extremista veio dizer-lhes que a civilidade humana é uma utopia tal qual a utopia marxista. É lamentável que o belo mercado de natal berlinense tenha sido maculado com o sangue de seus pacatos frequentadores, vítimas inocentes da loucura de radicais de todas as matizes.
            Agora são os terroristas islâmicos, mas já foram os Chechenos, já foram os nacionalistas radicais, foram e são os europeus (alemães, belgas, franceses) que revoltados com uma ou outra frustração havida em suas pátrias, ou simplesmente revoltados por não terem contra o que se revoltarem, decidem pelo caminho do radicalismo e da morte. Imaginam-se heróis de uma nova ordem mundial, como outrora imaginaram-se os rebeldes marxistas (por aqui ainda se imaginam, num acesso de infantilidade rebelde e sem noção).
            Mas não pensem que estes radicais, qualquer que seja sua religião ou ideologia são em minha opinião mártires ou vítimas. Não o são, são apenas criminosos, malucos sanguinários. Vítimas são aqueles que perderam suas vidas nos atentados e suas famílias ou ainda aqueles que ali se feriram. Aos autores a única coisa que desejo é que o braço forte da lei e da justiça os abata.
            Ocorre que também é preciso ressaltar que esta tragédia estava anunciada. Depois dos atentados na França e na Bélgica, depois de Nice era óbvio que um país como a Alemanha acabaria por ser alvo de um ou outro maluco. Falharam as autoridades, falhou a política externa, falharam os organismos internacionais e o mundo ficou em uma sinuca de bico.
            Esta violência de caráter racial e religioso tem origem em três grandes frentes: nas políticas internacionais do Sr. Barack Obama e de sua ex-secretária de estado Hillary Clinton, nas políticas ‘sociais’ internacionais da própria união europeia capitaneada por Ângela Merkel e na defasada, aparelhada e ineficiente ONU.
            Explico: os EUA são a mega-potência mundial e por isso mesmo são extremamente relevantes para a paz mundial. Qualquer ação dos EUA repercute no mundo todo. E, em termos de política internacional Barack Obama foi um desastre. Pode-se dizer que os reflexos de suas ações serão sentidos pelo mundo nos próximos 20 anos. A primavera árabe, a guerra na Síria e sua decorrente e desastrosa onda de refugiados, Benghazi, a ascensão dos radicais islâmicos são frutos da política desastrosa de Obama e de sua ex-secretária de Estado (aquela mesma mulher que o esquerdismo queria que presidisse a maior potência do mundo).
Estás exagerando, dirão alguns. Não, não estou. Foram os americanos que fomentaram a Primavera árabe, são os americanos que armam os rebeldes na Síria prolongando uma guerra que já devia ter acabado e são eles os responsáveis pelo nascimento do Estado Islâmico. São eles os responsáveis, ao fim e ao cabo, pelos massacres em Allepo e pela imigração dos milhões de refugiados.
Bashar Al-assad é um tirano, mas manteve a Síria estável e até relativamente próspera por anos a fio e mais, pode ser controlado, sendo hoje a única alternativa para pacificar rapidamente a região. É nisso que apostam russos e turcos, mas Al-assad fica fora da esfera de poder de Obama então armem-se os rebeldes e siga o massacre, preconizam os conselheiros o quase ex-presidente americano.
Este é o legado da administração Obama: o caos. O que para alguns teóricos da conspiração significa que Obama desempenhou de forma excepcional o papel para o qual eleito, infelizmente tenho de concordar.
Donald Trump terá muito trabalho para por a casa dos EUA em ordem. Mas Trump é ‘maluco’ e terá nas mãos um arsenal nuclear!, dirão. Trump pode ser maluco, mas não é burro. Eu prefiro um maluco inteligente com poder nas mãos do que um imbecil cheio de ideologias e de ‘boas intenções’ como Obama. Diz a sabedoria popular de boas intenções o inferno está cheio.
Quanto a União Européia está pagando duras penas por sua política alinhada com o pensamento esquerdopata de Obama e parece-me que vai pagar mais caro ainda. Está ficando cada vez mais difícil para as atuais lideranças europeias, como Angela Merkel, sobrevirem às urnas. E infelizmente o poderio europeu poderá sucumbir ante seus próprios erros e ante o medo dos europeus de usarem sua própria força.
Já a ONU virou uma entidade cartorial, um cabide de empregos para a esquerda mundial. Não passa de um organismo inútil e incompetente, onde penduram-se as pencas esquerdistas do mundo todo, mamando em uma estrutura de mordomias, mas que em prol de seus objetivos primazes nada faz, só discursa.
A ONU parece-me fadada ao destino de sua antecessora, a Liga das Nações criada no período entre-guerras para evitar uma segunda grande guerra. O que fez? Apenas acelerou a deflagração do conflito. 
A ONU perdeu-se nas suas próprias utopias. Critica a PEC do Teto brasileira e cala-se aos devaneios de Maduro na Venezuela, elogia um Fidel castro, protege as FARC e é inoperante ante o Estado Islâmico, preocupa-se em acusar mas não age. Manipula números e dados e age de forma militante.
A ONU caminha a passos largos para repetir o destino da falecida Liga das Nações, virou uma agência ideológica marxista e vai falir tal qual a ideologia que abriga. O problema é que antes disto poderá fomentar ou facilitar a ocorrência de outros desastres de proporções mundiais. Desastres, estes, que deveria evitar. Mas falarei sobre a ONU em outro artigo, em breve.
Por aqui vou encerrando este artigo, solidário as famílias das vítimas de Berlim e a todas as vítimas do terror em 2016. Que vocês encontrem a paz e o conforto por suas perdas neste Natal e que aqueles que provocaram sua dor e sofrimento encontrem a justiça tanto dos homens quanto  divina.
Que a luz da razão ilumine nossos líderes para que tenham no ano que chega apenas duas coisas...atitude e coragem de agir.

                                                                                       Um Feliz Natal à todos! 

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