Mais
um ano se vai. São ciclos, apenas isto, ciclos! O ano, a contagem de tempo, a
data da passagem de um ciclo à outro. Tudo é uma questão cultural.
O
ano novo poderia começar, sei lá, em 10 de outubro ou em 31 de fevereiro, se
não tivéssemos convencionado o mês de fevereiro com 28 ou 29 dias. Aliás
dependendo da cultura o ano novo começa em datas diferentes.
Temos o ano novo
judaico, islâmico e o chinês. Claro que a cultura ocidental, por diversos
fatores, impôs internacionalmente seu calendário como universal. As culturas que
usam outras formas de contagem de tempo acabam valendo-se de duas formas
diferentes para indicar o ano.
Vale
como ano zero o ano do suposto nascimento de Jesus, o Cristo, embora tenhamos
certeza que ele nasceu alguns anos antes. Calendários tem haver com cultura e
religiosidade. Para os judeus a contagem de tempo é a partir da data de criação
de Adão (o da Eva) e o ano de 2018 corresponderá aos anos de 5778 e 5779.
Para
os islâmicos a contagem se dá a partir da Hégira (fuga de Maomé para Meca) e o
ano de 2018 corresponderá aos anos de 1439 e 1440 ( o ano troca em setembro).
Para nós ‘Cristãos’ é 2018º ano contado a partir do nascimento de Cristo,
embora ele provavelmente tenha nascido entre 7 A.C. e 4 A.C. Ou seja, Cristo
nasceu entre 7 e 4 anos antes do nascimento dele mesmo.
Como
disse é uma questão de cultura e tradição. Até o calendário remete seu nome as Calendas, primeiros dias do mês em Roma, quando
incidiam juros das dívidas e quando celebravam-se festas aos deuses como Juno.
Na
nossa tradição estamos deixando o ano da glória de Nosso Senhor de 2017 para
ingressar no ano de 2018.
O ano de 2017 foi um ano particularmente difícil para
mim. Perdi meu pai, fui afetado como todos nós pela falência do Estado
brasileiro, sofrendo no bolso e na vida as consequências dos desgovernos
corruptos que se sucederam nos últimos 15 anos.
PT, PMDB, PSDB e quase todos os outros
partidos conseguiram nos fazer desacreditar e odiar política e políticos. Nós
brasileiros tivemos de lutar bravamente contra todos e sobreviver, apesar de
todos os esforços de nossos governantes em nos ferrar. Vimos alguns políticos
presos, vimos a cara-de-pau de deputados, senadores, juízes e minstros que cuspiram
na cara de trabalhadores e do povo.
Vimos
Habeas corpus infames, ladrões
descarados, funcionários públicos lutando loucamente por privilégios
inaceitáveis, juizes dando sentenças irretocáveis e outros despachando
vergonhosas peças de injustiça.
Vimos
Temer e Aécio liberados, Zé Dirceu condenado, solto e coordenando a ‘seita’.
Vimos Lula mentir descaradamente, crer-se melhor que todos e ainda estar solto,
apesar de tudo.
E
veremos mais! Chega 2018, ano das eleições e da Copa do Mundo. Teremos de
escolher nossos novos governantes. O problema é que teremos que escolher entre
os velhos, podres e corruptos. Assim não há esperança que sobreviva.
O
ano de 2017 foi ruim? Foi, mas sobrevivemos!
Com o passar do tempo a imagem
ruim deixará de existir. É assim, passa o tempo e o ruim é esquecido, ficando
as pequenas lembranças daquilo que de bom ocorreu. Quiçá possamos lembrar de
2017 como o ano da virada do Brasil.
O
cardápio de 2018 é vasto, mesmo assim poderá levar-nos a uma frustração extrema.
A economia está melhorando mas precisamos da reforma da previdência, só idiotas
e apaniguados discordam do óbvio, a previdência social brasileira está
quebrada.
O ano de 2018 começará acelerado e já em 24 de janeiro teremos a prévia do ano com o julgamento do ladrão-mor.
Que tenhamos algumas, embora poucas, boas opções para votar em 2018.
Que
se prendam os corruptos, que se desmascarem todos. Que revoguem este estúpido
estatuto do desarmamento. Que possamos suplantar a violência. Que nossa justiça
mostre que é cega e realmente justa atingindo a todos que fizeram por merecer,
sejam ex-governadores, ex-presidentes ou qualquer escroque.
Que 2018 nos traga um Brasil mais justo, onde
todos são iguais perante a lei e a vida.
Feliz
2018 à todos! Esperemos um 2018 grandioso. Que seja o ano da mudança do Brasil!
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