sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Cegueira oportuna.





Cada um pensa com sua cabeça e fala o quer. Mas uma coisa é certa, a fala e o pensamento, em geral, refletem as vivências e o caráter de quem os profere. 
Não, não estou afirmando, categoricamente, que todos que defendem Lula e o indefensável sejam corruptos como ele. Apenas os acuso de cegueira moral.
Aquela cegueira que acompanha as paixões platônicas desde a nossa juventude. Lembram do dito ‘quem ama o feio, bonito lhe parece’? Pois a paixão cega de alguns por Lula vem da construção do mito da esquerda perfeita e incorruptível ante o monstro capitalista. 
O mesmo monstro capitalista que garante a liberdade dos ‘socialistas’ e afins, permitindo fazerem o que fazem e, ainda poderem criticar e censurar os outros, do alto de sua pretensa virgindade moral.
Vão tentar fazer isso em qualquer uma das ‘democráticas’ repúblicas populares e socialistas mundo afora e verão a dura verdade!
Mas falemos de Lula e suas condenações pretéritas e futuras, especialmente em Curitiba. Já me manifestei aqui dizendo que tenho certeza que a peça condenatória de Lula no caso do Triplex é quase perfeita. Um primor de aplicação da lei e da justiça.
Mas seus defensores afirmam que não há provas! Que são apenas suposições motivadas por sabe-se lá quem. E olha que Lula declarou por anos afim, em seu imposto de renda o tal apartamento. Olha que se provou, aquilo que a princípio foi negado, que Lula e sua família visitaram o tal triplex na época da reforma. 
Até acharam um contrato assinado e rasurado mudando o número do apartamento, na casa de Lula. Quem será o infame que o pôs lá?
Mas deixemos esta discussão infértil para lá, nossos cegos são teimosos e vão continuar falaciando que condenação pretérita não teve base fática. Vamos a próxima acusação o tal Sítio de Atibaia. Que também não é de Lula!
Não é dele, mas ele foi lá 270 vezes em 5 anos, mais ou menos todos os finais de semana. Enquanto os donos foram uma ou duas vezes neste período. 
Será que foi de visita? O visitinha incomoda, hein! 
E isto está comprovado nos registros dos veículos da segurança de Lula e nas diárias pagas aos agentes. Ou será que os agentes da polícia que fazem a segurança dele mentiram para receber diárias falsas? Se fizeram isto Lula foi no mínimo conivente. Mas 270 vezes é mentir para mais de metro.
Então Lula foi usufruir o Sítio de amigos. Que amigos! Os donos não tinham nem quartos ou acomodações no Sítio. Mas Lula e a família tinham roupas, a mesa e cadeiras tinham o logotipo de Lula e Marisa. 
Os remédios dela e as cachaças dele estavam por lá. Tudo atestado em laudos da polícia federal. Será que alguém plantou tudo isto lá. Deve ter dado um trabalhão e tanto. Não, era de Lula mesmo. 
E as reformas foram feitas para quem? Para os donos que não usavam ou para o hóspede? 
Que reformas? Ora meus amigos basta olhar fotos aéreas do local e as plantas na prefeitura que veremos as reformas que ocorreram depois que Lula começou a usar o Sítio. Será que foram feitas à revelia e ele (Lula) distraído nem percebeu?
Não, não! Já sei, Lula resolveu fazer as reformas como forma de agradecer a generosa hospitalidade dos amigos, sócios de seu filho e proprietários do Sítio. 
Nada mais justo! Ai está a explicação para as conversas do caseiro por telefone pedindo instruções para a família de Lula sobre as obras e para o fato de diversas notas fiscais estarem na casa de Lula. Lula tem dinheiro suficiente para bancar a reforma, estava apenas sendo generoso.
Mas Lula não pagou a reforma. Quem pagou foi a OAS e a Odebrecht. Mas porquê? Será que foi por pena dos proprietários do Sítio ou foi uma campanha promocional da marca das construtoras. Se queriam promoção, teriam muito mais apelo fazendo uma dúzia de casas populares e distribuindo para famílias de baixa renda.
E se foi marketing, uma reforma ‘de grátis’ para os pobres donos do sítio, vou pedir aos gestores das nobres construtoras que quando quiserem dar uma reformadinha em alguma coisa façam isto no meu apartamento. 
É um apartamento pequeno e não está tão mal, mas uma reforma cairia bem, ainda mais se quiserem presentear-me com móveis novos. E garanto vai sair baratinho. Só não tenho contrapartida para dar!
Aliás nem o Bittar nem o Suassuna (os proprietários do Sítio) tinham. Então porque as construtoras gastaram uma fortuna em reformar um sítio sem nada em troca? Simples porque o hóspede inconveniente já tinha dado muito em troca e prometia mais.
Simples assim! E bastou perguntar a quem fez a reforma que a resposta veio, na forma de farta documentação. Não foi presente, foi pagamento. Isto tem um nome: corrupção, laranja, propina.
Ah, mas não tem documentos do Lula provando isto, não tem escritura no nome dele. Ora bolas! Se estivesse escriturado e fosse tudo regular, Lula não estaria sendo processado. Mas alguém ai já viu ladrão passar recibo? Alguém sabe para que serve um laranja?
É isto que Suassuna e Bittar são. Laranjas dele, de Lula. Mas nossos ‘crentes’ continuarão negando ‘ad eternum et ad nauseam’. Não querem admitir que o sonho virou pesadelo.
Acho que mesmo que se Lula, num acesso de civismo e moralidade ou então num porre monumental (o que é mais provável), confessasse tudo, mas tudo mesmo, escancarando o ‘falador de bobagens’ e confessando toda a merda que fez. 
Mesmo assim nossos crentes não acreditariam. Diriam que Lula confessou para pacificar o país, que foi um altruísta, que foi torturado psicologicamente, drogado ou abduzido e obrigado a confessar. 
Ou melhor acusariam a ditadura de tê-lo torturado e feito lavagem cerebral, lá nos anos 1970, algo que só agora produziu efeito e o fez confessar o que não fez.
Estes cegos voluntários me lembram uma fábula, contada por meu avô: 
Dizia que o noivo chegou na casa da noiva e a encontrou, nas vias de fato com o padeiro no sofá. Fez um escândalo mas depois das explicações da moça foi procurar o padeiro.
Para agradecer-lhe por tê-la salvo, aquecendo-a em um surto de frio que a tinha congelado  naquela tarde fria. 
O despretensioso padeiro havia tirado a roupa e deitado sobre a moça para aquecê-la, um homem de valor. 
Voltando a casa da noiva, logo após os rapapés e agradecimentos ao heroico padeiro, encontra a noiva no mesmo sofá. E ela lhe conta estar grávida. 
Entre a hipótese da virginal noiva ter sido engravidada pelo Espirito Santo, preferiu acreditar que foi sua culpa a gravidez, pois a havia tocado com as mãos sujas após urinar, deve tê-la fecundado naquele momento. 
E lá se foi nosso amigo marcar o casamento. Não sem antes queimar o sofá no pátio. 
Como aquele sofá dava azar, pensou. Toda a vez que sua noivinha sentava ali, acontecia algo constrangedor.
PIOR CEGO É AQUELE QUE NÃO QUER VER!

Por sorte a justiça em Curitiba enxerga muito bem!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Os comentários aqui postados só serão publicados após a moderação. Não serão admitidas propagandas político-partidárias, links e ofensas pessoais e/ou coletivas.